Seu cachorro não sofreu maus-tratos e mesmo assim é violento? Talvez seja a forma de ele mostrar que é dominante, não quer dividir o brinquedo ou está com medo...
Às vezes, estamos fazendo uma visita e o cachorro de lá é tão quietinho que demoramos a dar conta da presença dele. Não late nem é hostil. Mais parece um bichinho de pelúcia. Já outros cães são pura agressividade. E aparentemente sem motivo, pois são superprotegidos, de tanto mimo que recebem e... Opa, esse pode ser justamente o problema! Cleber Santos, adestrador e especialista em comportamento animal da ComportPet (SP), explicou as principais causas das atitudes agressivas, como tratar e a maneira de evitar que seu amigão seja assim e deixe as visitas em paz!
Principais causas
FALTA DE SOCIALIZAÇÃO
Muitos donos não levam o cão para passear por medo de que ele se assuste com os sons dos carros, movimentos das pessoas e até
mesmo com os outros cachorros. No entanto, essa proteção faz com que o animal sinta medo e insegurança, o que pode gerar estresse. Por isso, leve seu cãozinho para passear. Ele precisa conhecer o mundo, e também sentir que outros cães não são ameaça!
DOMINÂNCIA
Assim como membros de qualquer matilha, o cachorro precisa seguir um líder. Quando não consegue identificar uma presença que se torne referência, ele assume a liderança, podendo ficar mais agressivo. Por isso, mostre para o seu pet que é você quem manda e não ele.
MÁ COMUNICAÇÃO
Quando estressado ou se sentindo acuado, o cachorro pode reagir com violência. Normalmente, isso acontece quando ele é educado de forma inadequada. “Repreender o cão com agressão ou gritos faz com que ele tenha medo e estimula a agressividade”, explica Santos.
MARCAÇÃO DE TERRITÓRIO
Pode acontecer quando uma pessoa ou outro animal chega perto de um objeto de que ele gosta ou até mesmo do próprio dono. Aqui, o sentimento é de possessividade. Ele tem a necessidade de mostrar que você é dele, mesmo que isso custe umas latidas ou rosnadas... “O ideal é demonstrar para o cachorro que ele não precisa ficar na defensiva. Para isso, recompense-o com petiscos
sempre que ele se mantiver calmo quando alguém se aproximar do seu território”, ensina o profissional. Um afago também cai bem!
Sinais de agressividade
Orelhas voltadas para trás
Rabo esticado para cima
Pelos das costas eriçados
Rosnados quando alguém se aproxima – seja dele, da comida ou dos objetos de que gosta.
Muitos latidos ao ouvir barulhos ou ao ver pessoas ou animais estranhos.
Não gosta de brincar nem de ser acariciado.
Apresenta comportamento antissocial, permanecendo muito tempo isolado.
Como evitar o mau comportamento
Ele costuma ser resultado da má comunicação com o dono. Então...
Não seja agressiva nem violenta.
Não ache graça quando ele morder alguém ou algum objeto, mesmo que esteja só brincando. Diga um “não” firme quando isso
acontecer.
Desde cedo, passeie com ele na rua e o leve para brincar e socializar com outros cães, mas sem instigar a violência.
Não humanize o animal. “Enxergar e tratar o pet como gente, por exemplo, dizer que ele não gosta de ir para o parque ou que não se dá bem com alguma raça, só o afasta da vida animal, gerando problemas de violência, estresse e ansiedade.”
Deixe seu cão tranquilo
Independentemente do tamanho do cachorro, o especialista alerta que um comportamento hostil sempre envolve riscos e pode
causar transtornos para os donos e para a sociedade em geral. Por isso, antes de tentar controlar a agressividade do animal, o proprietário deve contar com o auxílio de um profissional veterinário. “O especialista ficará atento aos sinais, à forma com que o cão reage e interage com pessoas e com outros animais. A partir daí, junto com o dono, ele tratará desse comportamento, com carinho e técnicas corretas”, afirma Santos. Dependendo do caso, é indicado inclusive terapia com florais, musicoterapia e massagem, técnicas que auxiliam o pet a relaxar.
