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Crônica da Xênia: Ai, como é difícil a idade!

Com o passar dos anos, vem o desgaste do corpo. E as dores se tornam um calvário...

Xênia Bier Publicado em 18/05/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Crônica da Xênia: Ai, como é difícil a idade! - iStock
Crônica da Xênia: Ai, como é difícil a idade! - iStock
Cara leitora, volto ao assunto que geralmente cria polêmica: uns concordam com a minha visão do fato, outros reagem zangados. Mas, como cada um é cada qual, lá vai: todo mundo teoriza sobre pecados. Uns dizem que pagaremos por eles após a morte e outros dizem que aqui se faz, aqui se paga. Pois tenho pra mim a convicção de que o maior castigo com o qual pagamos nossos
erros é a velhice! E não por vaidade, não, senhora! O pior é a “idade do condor”. Conhece não? Explico: com dor aqui, com dor ali... E assim vamos. A dor é minha companheira desde que passei a manifestar as queixas, pois dos 81 anos que caminho sobre este planeta, 76 deles foram dolorosos. Agora surge a bendita catarata! Quase todos os amigos já passaram por ela. Todo mundo
me afirmava que era moleza a cirurgia. Fui para o procedimento meio cabreira. Até o médico me entusiasmou. Pois não é que deu zebra?! Deu ruim! O que era para ser resolvido em uma semana tem me feito penar há quatro meses. A única vantagem? Consigo ver dois William Bonner na televisão. Agora pergunto: você já viu alguém jovem portador de catarata? E se não bastasse a minha pouca visão, as minhas pernas se tornaram um pouco tronchas, em solidariedade à catarata. E lá vai você, pelas horrendas calçadas da cidade. Não faz cara feia, não, leitora. Afirmo: o maior castigo do ser humano é a velhice. E se algum cretino vier pra perto de mim com aquela coisa ridícula de “a melhor idade”, sento-lhe a bengala na cabeça! Mas, pagando os pecados, descobri como o povo brasileiro ficou generoso. Se falta força nas minhas pernas, não faltam mãos para me ajudar a atravessar a rua... Neste quesito,
valeu a experiência.