AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Idade é relativo! Quedas: o perigo mora em casa!

As quedas costumam ser consequência da somatória de fatores de risco

Dr. Paulo Camiz Publicado em 23/12/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Idade é relativo! Quedas: o perigo mora em casa! - Shutterstock
Idade é relativo! Quedas: o perigo mora em casa! - Shutterstock
"Minha mãe tem 69 anos e virá morar comigo. O que tenho de levar em conta para deixar a casa segura? Ela já caiu algumas vezes...”

K. L., por e-mail


Chega a ser curioso, mas o principal local onde os idosos caem é na sua própria casa. E, em geral, durante uma atividade habitual. Daí ser tão importante manter o lar seguro! As quedas costumam ser consequência da somatória de fatores de risco – a maioria deles, evitáveis. Pois há diversas maneiras de intervir no ambiente doméstico. Faz toda a diferença, por exemplo, instalar barras
de apoio nos banheiros (local onde mais se cai) e corrimãos firmes em escadas e áreas de passagem. Evitar tapetes que possam ser escorregadios ou virar obstáculos é outra eficiente medida de segurança. E vale ainda ajustar a iluminação – boa visibilidade deixa os obstáculos bem contrastados e facilmente identificáveis. E a prevenção não para nisso... Procure conversar com o médico de sua mãe pra evitar o uso de medicações que afetem o sistema nervoso. Mantenha as consultas oftalmológicas dela em dia e incentive-a a praticar exercícios que fortaleçam a musculatura e potencializem o equilíbrio. Mesmo que não cause uma lesão física grave, a queda frequentemente provoca um trauma psicológico. Ele faz com que os idosos fiquem sob risco de depressão. Muitos passam, progressivamente, a evitar até caminhar...


Mesmo que não cause uma lesão física grave, a queda frequentemente provoca um trauma psicológico, que coloca o idoso sob risco de depressão e de não querer mais andar.


Redobre a atenção!
Apesar do envelhecimento da população, há pouca preocupação com a segurança – tanto em casa quanto nas ruas. Estima-se que três em cada dez idosos sofram anualmente uma queda. O mais preocupante: metade dos idosos que caem e fraturam o fêmur não sobrevive um ano após o acidente. Dos que conseguem, metade fica dependente da família ou de amigos. Grave, né?



Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br


Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br