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Febre: respostas sobre esse sintoma que assusta tanto

Dentre os sinais de que algo vai mal com nosso corpo, ela talvez seja o que mais assuste. Daí ser cercada de mitos, que dificultam o tratamento. Vamos dar fim a eles?

Raquel Maldonado Publicado em 13/02/2017, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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"Xiii, estou com febre!" - Shutterstock
"Xiii, estou com febre!" - Shutterstock
O que é a febre?
É o aumento temporário da temperatura corporal. O sintoma nada mais é do que uma reação de defesa do organismo contra quaisquer possíveis agentes infecciosos que tentem invadir o nosso corpo. Por isso, nunca ignore uma febre, já que ela significa que alguma infecção pode estar se iniciando ou já ter se instalado.


Quando era criança, minha mãe dava remédio a partir de 36,5 ºC. Está certo? 
Não. A temperatura média do nosso corpo é 37 ºC. Então, tanto em crianças quanto em adultos, o medicamento só é indicado quando o termômetro marcar a partir de 37,8 ºC.


Qual a melhor forma de medir a temperatura?
O jeito mais eficaz é colocar o termômetro embaixo da axila. No que diz respeito ao tipo de termômetro, tanto faz – pode ser
digital ou de mercúrio.


Qualquer febre é motivo para ir ao pronto-socorro?
A princípio, não. Tomar o antitérmico recomendado pelo seu médico, fazer repouso e cuidar da alimentação e da hidratação normalmente resolvem o problema. O pronto-socorro deve ser uma opção se a febre persistir por mais de três dias ou se sintomas
como forte dor de cabeça, vômitos constantes, dificuldade para respirar e dores abdominais fortes fizerem parte do quadro.


Além de tomar remédio, o que mais dá pra fazer para baixa a febre?
É recomendado tomar banho morno (mais para frio). Ficar com o mínimo de roupa possível também ajuda a baixar a temperatura. Compressas com água fria nas regiões mais quentes como testa, axilas, mãos, pés e virilha também fazem bem.


Já ouvi gente dizer que se agasalha para suar e, assim, baixar a febre. Isso faz sentido?
Isso não existe, é mito! Se a gente se agasalha mais, a tendência é aumentar a temperatura e provocar superaquecimento. O ideal
é ficar com pouca roupa. No caso de hipotermia, quando o corpo está abaixo de 35 ºC, aí, sim, é indicado agasalhar a pessoa para que a temperatura aumente.


Quando ouço a palavra febre, logo penso em convulsões. Quando elas acontecem?
A convulsão febril acontece normalmente em criança, pois existe um baixo limiar do córtex cerebral, que ainda está em desenvolvimento. Acontece em crianças de 3 meses a 5 anos, tendo maior incidência entre 18 meses e 2 anos. Apesar de assustadoras, as convulsões febris não deixam nenhuma sequela neurológica, diferentemente da convulsão de epilepsia.


E o que fazer para evitar tais convulsões?
Se a criança já apresentou um quadro anterior, é bom evitar que a febre suba e provoque novas possíveis crises. Lembrando que
a convulsão febril não acontece apenas pela febre alta – 38, 39 ou 40 ºC. Ela pode acontecer com temperaturas mais baixas, mas que sobem muito rápido. Por exemplo, uma criança pode convulsionar se estava com 36 ºC e, de repente, a temperatura sobe rapidamente para 37,7 ºC. Portanto, no caso de crianças com histórico, os médicos indicam que o antitérmico seja dado já no estado subfebril – entre 37,3 e 37,5 ºC.


Às vezes, a febre volta antes de completar o intervalo entre uma dose e outra do remédio. O que fazer? 
O intervalo entre uma dose e outra deve ser de seis horas. Agora, se a febre não baixar ou então se subir num intervalo menor do que esse, você pode tentar reduzir a temperatura com banhos e compressas com água fria. Evite tomar remédio de novo! Se ainda assim a temperatura não diminuir, é indicado ir ao pronto-socorro. O médico irá fazer um exame clínico e, muito provavelmente,
indicará um antitérmico com outro princípio ativo. Muito cuidado com a superdosagem, principalmente no caso de crianças. Ela pode causar intoxicação e outros efeitos colaterais graves.