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Idade é relativo: Se não me falha a memória...

Desde cedo exercite seu cérebro como se fosse um músculo. Use estímulos variados como palavras cruzadas, memorização de locais e caça-palavras

Dr. Paulo Camiz Publicado em 11/12/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Idade é relativo: Se não me falha a memória... - iStock
Idade é relativo: Se não me falha a memória... - iStock

"Minha memória está cada dia pior. É da idade?”
T. R., por e-mail

Muito cuidado com relacionar doenças ou sintomas ao envelhecimento pura e simplesmente. Ficar mais velho por si só não causa nenhuma doença ou sintoma. O que acontece é que, em geral, há maior chance de aparecerem doenças por dois motivos principais. O primeiro é o tempo em que a pessoa ficou exposta a um fator de risco. Nesse caso, por estar vivo há mais tempo, tem mais chance de ter ficado à mercê. O segundo fator principal está relacionado a como a pessoa envelhece: se é de forma saudável ou não. Da parte da memória, o que ocorre com o passar dos anos é uma redução da agilidade para se adquirir novas informações. Mas a capacidade de aprendizado continua! Se você teve uma mudança abrupta na memória ou se isso está afetando o seu desempenho nas atividades da rotina diária, procure um médico. Pode
ser uma doença não necessariamente relacionada à velhice. Uma dica que eu dou é desde cedo sempre exercitar o seu cérebro, como se fosse um músculo mesmo e sempre com estímulos variados, como palavras cruzadas, memorização de locais, caça-palavras... Há apps que treinam a cognição nas mais variadas áreas. Se você ouvir de alguém que está assim por causa da idade, não deixe de contestar! A idade não causa isso! Resta saber se há uma doença ou se é uma variação da normalidade! Procure um médico que saiba avaliar.

Conectar-se ajuda a manter o cérebro ativo
Segundo estudo realizado recentemente, 40% dos brasileiros têm falta de memória após os 50 anos de idade. De acordo com a pesquisa, as mulheres são as mais afetadas, já que metade delas afirma sentir lapsos na memória. Um estudo feito no Rio Grande do Sul, pela Universidade de Passo Fundo, mostrou que idosos que desenvolveram habilidades no mundo digital melhoraram a memória, diferentemente do que ocorreu com os que ficaram offline.

Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br

Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br