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Insônia e depressão pode ser alerta de Parkinson

Estudos associam noites maldormidas e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas

AnaMaria Digital Publicado em 18/04/2018, às 14h08 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Convivência social é fundamental para prevenção e tratamento - Shutterstock
Convivência social é fundamental para prevenção e tratamento - Shutterstock

Tremores, dificuldades para manter o equilíbrio e lentidão nos movimentos são sintomas motores da doença de Parkinson já bem conhecidos. O que pouca gente sabe é que eles podem vir acompanhados de outros incômodos menos aparentes como depressão e insônia. Estes, são chamados de sintomas não motores e podem se manifestar, inclusive, antes dos tradicionais tremores. A boa notícia é que, quando identificados e tratados, melhoram a qualidade de vida do paciente com Parkinson, doença que afeta de 1 a 3% da população mundial até 65 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, mais de 200 mil pessoas já foram diagnosticadas, e, de acordo com a Academia Brasileira de Neurologia, estima-se que em 2040, 8 milhões de pessoas devem ser diagnosticadas com a patologia.

A Doença de Parkinson se trata da degeneração de neurônios situados em um local do cérebro chamado de “substância negra”, responsável pela produção da dopamina que atua em toda a parte motora do indivíduo e também no equilíbrio. É essa degeneração que desencadeia os principais sintomas. “Os primeiros sinais e sintomas são muito leves e se alteram muito de pessoa para pessoa. Frequentemente são diagnosticadas a insônia e a depressão como primeiros sintomas ou, até mesmo, como fator desencadeador da doença. Os quadros iniciais podem ser tremores e lentificação apenas de um lado do corpo, além da lentificação dos movimentos, enrijecimento, dificuldade na locomoção, e em alguns casos, perda de olfato, rosto sem expressão, tonturas, desequilíbrio e constipação intestinal", diz Sandra Garaude Greven, geriatra do Solar Ville Garaude.

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Não tem cura, mas tem tratamento
Após diagnóstico do problema, o paciente pode (e deve) realizar o tratamento e, com isso, ter uma vida normal, de acordo com e explicação de Kleber Duarte, neurocirurgião funcional e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. “Apesar de não ter cura, a doença de Parkinson tem tratamento. E, em geral, após o tratamento é possível ter uma vida normal e produtiva", afirma. Independentemente de o tratamento ser clínico ou cirúrgico, o foco será sempre reabilitar o paciente e reinseri-lo na sociedade. "As pessoas não podem deixar de realizar atividades físicas, cognitivas e laborais por causa do diagnóstico”, orienta. 

A recomendação é exercitar e estimular o corpo e a mente, tanto para o tratamento quanto para a prevenção da doença. “A atividade física ajuda muito na prevenção e também no tratamento. No corpo, ela contribui para o fortalecimento dos músculos, melhora a postura e a flexibilidade dos membros, além de diminuir a rigidez muscular”, diz Garaude. A mente também requer alguns cuidados, como exercícios cerebrais e interação social - tão importantes quanto as atividades físicas. “Estudar uma outra língua e realizar exercícios desafiadores contribui muito para a prevenção e o tratamento da doença, além da convivência social, outra forma de manter o cérebro ativo e sadio. Quando nos relacionamos com alguém é preciso buscar histórias, inovar no diálogo, se modificar e aprender. Tudo isso contribui para a melhora da depressão”, ressalta.

Ela afirma ainda que o geriata ou médico que acompanha o paciente deve realizar o diagnóstico precoce da doença, tratando todos os sistemas comprometidos para oferecer mais qualidade de vida e auxiliar para uma rotina ativa e saudável.