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Livre-se de uma vez das hemorroidas

Hora de deixar a vergonha de lado e falar sobre o problema – que, graças aos avanços da medicina, pode sumir cada vez mais facilmente

Ana Bardella Publicado em 05/05/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Livre-se de uma vez das hemorroidas - Shutterstock
Livre-se de uma vez das hemorroidas - Shutterstock
Quem tem hemorroidas sabe o sofrimento que causam! “Essas dilatações vasculares na região do ânus geralmente aparecem após os 30 anos, tanto em homens quanto em mulheres, e podem ser muuuito doloridas”, diz o coloproctologista Carlos Sobrado, do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, de São Paulo. Mesmo assim, a maioria dos pacientes aguenta calada. Por vergonha de falar no assunto, eles vão remediando as crises com pomadinhas que, muitas vezes, só dão alívio, mas não tratam. Estão sofrendo à toa, pois os tratamentos evoluíram muito. Já dá até para operar sem corte! 


Por que as danadas teimam em aparecer? 

Genética
Quando alguém da família tem hemorroidas, os demais membros tendem a ter também.

Problemas intestinais
Quem tem fezes muito duras ou diarreias frequentes também está mais propenso ao problema. 

Gravidez
É comum o incômodo aparecer durante a gestação, sobretudo no último trimestre, quando o ganho de peso aumenta muito a pressão na região da pelve.


Sintomas

O primeiro e mais característico é o sangramento, que assusta. Em alguns casos, as veias podem começar a sair pelo ânus e é esse fator que determina a gravidade do problema. Veja as fases:

■ Enquanto a veia não aparece, a situação está no primeiro estágio.
■ Quando elas saem na evacuação e voltam sozinhas, o problema já passou para o segundo estágio.
■ No terceiro estágio, as veias saem e só voltam com a ajuda dos dedos. 
■ O mais crítico é o quarto estágio, quando as veias não voltam para dentro do ânus de jeito nenhum e ficam permanentemente visíveis.


Prevenção

“Ter uma alimentação rica em fibras (com muita verdura, legume e fruta) e, principalmente, tomar bastante água para que as fezes não fiquem tão ressecadas são medidas que ajudam a prevenir”, diz o médico. Outra recomendação é ir ao banheiro sempre que sentir vontade. Segurar até chegar em casa, por exemplo, dificulta a passagem das fezes e pode machucar o ânus. Por último, 
não use papel higiênico áspero – ele também pode causar feridas. “Se possível, faça a higienização com água ou com lenços umedecidos”, sugere Sobrado.


Pomadas ajudam?

Não é raro vermos na TV propagandas de remédios que se dizem milagrosos. Há que ter cuidado: “As pomadas aliviam a irritação, pois têm ação anti-inflamatória”, diz o especialista. No entanto, possuem formulação diferente e, por isso, devem ser usadas com recomendação médica, pois somente assim o paciente terá certeza de que está passando a substância indicada para seu caso. Além disso, as pomadas não têm poder de cura. No começo, aliada à mudança de hábito, até podem resolver. Já em casos mais sérios,
só mesmo a cirurgia dará conta.


Agora, tem até operação sem corte!

Quem sofre com o problema já deve ter ouvido que a cirurgia dói muito. De fato, algumas técnicas são mais incômodas que outras. A primeira e mais antiga delas é feita com um bisturi: o médico faz um corte e retira as veias comprometidas. Esse método,  no entanto, é o menos utilizado hoje em dia, justamente porque  a recuperação é bem dolorosa. O segundo deles é feito com uma espécie de grampeador, que corta e sutura a área, fazendo com que as hemorroidas murchem. O pós-operatório é melhor do que a primeira técnica, mas ainda assim dói um pouco. O procedimento mais utilizado atualmente conta com o auxílio de um aparelho chamado doppler, que mede o fluxo sanguíneo pelo som e detecta facilmente onde estão os vasos problemáticos. Em seguida, o médico “seca” essas veias com uma agulha bem fina. O melhor de tudo é que o pós-operatório é muito bom. No máximo, o paciente sente  um leve desconforto.