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O AVC bem longe de você

Medidas simples, como diminuir o sal e rir mais, reduzem (mesmo!) o risco de derrame

Izabel Duva Rapoport Publicado em 05/07/2017, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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O AVC bem longe de você - iStock
O AVC bem longe de você - iStock
Desde o controle dos movimentos até a nossa forma de pensar, falar e sentir, o cérebro comanda todo o nosso corpo. Quando um vaso sanguíneo cerebral entope ou se rompe, acontece o temido AVC (acidente vascular cerebral), também conhecido como derrame cerebral. Logo, as células danificadas deixam de cumprir suas funções e os problemas começam a aparecer. “O AVC está entre as principais causas de morte e de sequelas permanentes no Brasil”, afirma o neurocientista e neurocirurgião Francinaldo Gomes. Segundo o Ministério da Saúde, a doença mata mais de 100 mil pessoas por ano – mais do que infarto. Outro dado preocupante: um a cada seis brasileiros corre o risco de ter AVC. A boa notícia? Quase todos os fatores de risco podem ser evitados. Saiba como! 

Tipos de AVC
Isquêmico: a presença de um coágulo bloqueia a artéria que leva o sangue para o cérebro. 
Hemorrágico: quando ocorre a ruptura em um vaso sanguíneo que nutre a região cerebral.

Como agir
Ao perceber qualquer um dos sintomas descritos no boxe à esquerda, peça ajuda de alguém próximo e vá imediatamente para o hospital. Caso não consiga ser socorrida por alguém próximo, ligue para 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), criado para auxiliar o paciente ainda dentro da ambulância, durante o caminho para o hospital. “O reconhecimento precoce dos sintomas são determinantes para o sucesso do tratamento e para reduzir a chance de deixar sequelas permanentes”, indica o especialista.

Alerta em dobro!
Perfil mais atingido: homem ou mulher com histórico familiar, acima de 60 anos, diabético, hipertenso, sedentário, obeso e fumante.

Para saber 
Segundo a OMS, cerca de 70% das pessoas que tiveram AVC não retornam ao trabalho e 50% ficam dependentes de outras pessoas para realizar atividades do dia a dia.

Sintomas
Os sinais dependem do local do cérebro atingido, mas, independente da versão do problema, eles costumam ser bem parecidos: Dificuldade para falar e compreender o que as outras pessoas estão dizendo 
Dormência de um dos lados do seu corpo 
Perda parcial de visão 
Confusão mental (não saber, por exemplo, quem é ou onde está) 
Dor de cabeça intensa 
Desequilíbrio 
Fraqueza nas pernas ou nos braços 
Tontura ou vertigem

Principais causas
Histórico familiar 
Idade (acima de 60 anos) 
Colesterol elevado 
Pressão alta 
Tabagismo 
Consumo de álcool 
Uso de drogas ilícitas 
Sobrepeso 
Estresse elevado 
Diabetes 
Sedentarismo 
Doenças cardíacas

Saia na frente contra o derrame
1 Não fume: abandonar o vício é o passo número 1. Além das substâncias tóxicas e venenosas ao organismo, o cigarro duplica o risco de AVC. Quanto antes você conseguir parar, melhor.

2 Menos álcool: um copo de cerveja ou uma taça de vinho não é problema, mas enfiar o pé na jaca todo fim de semana eleva a pressão arterial. 

3 Controle seu peso: coma com equilíbrio para manter seu peso ideal. A obesidade aumenta a chance de diabetes, doença coronária e pressão alta. 

4 Evite gordura: quando possível, substitua carnes gordurosas por peixes, aves sem pele ou pratos vegetarianos. 

5 Maneire no sal: pesar a mão nesse ingrediente aumenta a pressão sanguínea. Evite alimentos processados. 

6 Abuse de frutas, legumes e vegetais: uma alimentação saudável é fundamental para a saúde do coração. Prato colorido é lindo e rico em nutrientes.

7 Coma fibras: dê prioridade aos pães feitos com farinha integral e coma aveia e cereais. As fibras ajudam no controle da gordura do sangue.

8 Faça exercícios: além de combater o sedentarismo e controlar o peso, a atividade física diminui a pressão arterial. 

9 Vá ao médico: para controlar colesterol, glicose e pressão, tenha acompanhamento médico permanente. Nunca pratique a automedicação. 

10 Seja feliz!: nem sempre é fácil controlar o estresse, mas é importante cuidar de si para não ficar nervosa, triste. Invista no bom humor. 

Não deu tempo de prevenir...
Após um AVC, a pessoa precisa fazer uma série de atividades de reabilitação para diminuir as sequelas e acelerar a recuperação. Neste período, os amigos e familiares devem ajudar. As principais atividades: 

Fisioterapia: fortalece os músculos e resgata os movimentos do corpo. 
Terapia ocupacional: para encontrar formas de diminuir os efeitos das sequelas no dia a dia (adaptação da casa, exercícios diários para melhorar corpo e mente). 
Terapia da fala: ajuda a volta da comunicação e a deglutição do paciente. 
Nutrição: mantém a dieta equilibrada, evita desnutrição ou novo AVC. 
Suporte emocional: diminui a sensação de impotência e tristeza do paciente.