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Vida social ativa: a saúde agradece

Sempre que falamos e convivemos com os amigos e familiares estamos fazendo uma terapia

Dr. Paulo Camiz Publicado em 06/12/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Vida social ativa: a saúde agradece - Shutterstock
Vida social ativa: a saúde agradece - Shutterstock
"Qual a importância das relações na vida dos idosos? Meu pai tem 72 anos e parou de trabalhar agora. Vejo que ele quase não sai de casa...”

B. L., por e-mail


O convívio social é importante em todas as faixas etárias. Sempre que falamos e convivemos com os amigos e familiares estamos fazendo uma terapia. Nesses encontros, de alguma forma extravasamos nossos problemas. Isso, entre outras coisas, é uma
importante defesa contra as doenças do emocional – com destaque para a depressão e a ansiedade. São inúmeras as razões para um
idoso ter uma tendência maior ao isolamento. A aposentadoria, como levantado pela nossa leitora, apresenta uma quebra abrupta no estilo de vida de qualquer pessoa. Se não houver o preenchimento com outras atividades sociais, como parece que está
acontecendo com seu pai, temos um fator de risco ou até uma manifestação de um quadro depressivo. Outras causas comuns para o isolamento são a morte e doenças de pessoas próximas (levam indiretamente a algum grau de limitações) ou doenças e incapacidades da própria pessoa. Todas essas situações podem resultar ou serem resultado de um quadro depressivo. Para prevenir, devemos identificar a situação – ou, melhor, antecipá-la. O segredo é reconhecer os fatores de risco e combatê-los antes que o problema apareça. Quanto mais amigos tivermos, melhor. Vamos preservar nossos bons relacionamentos familiares? Todos precisamos disso!


Sai pra lá, solidão!
O isolamento faz mal tanto para a saúde mental quanto para a saúde física das pessoas. Segundo pesquisa da Universidade de Harvard (EUA), ter poucos amigos pode desencadear a produção de uma proteína que, em grande quantidade, é capaz até de causar derrames e infartos. Outro estudo, da Universidade de Chicago (EUA), diz que a solidão extrema tem a capacidade de aumentar em
14% o risco de morte precoce.


Segundo dados oficiais, triplicou o número de idosos que moram sozinhos. Eles somam 4 milhões de pessoas que não contam com a presença nem ajuda de terceiros nos afazeres do dia a dia.


Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br


Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br