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Xixi fora do controle, não!

Você não precisa conviver com a perda involuntária de urina, que limita a sua vida social. Além de ter cura, o problema ainda pode ser previnido

Izabel Duva Rapoport Publicado em 27/06/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Xixi fora do controle, não! - iStock
Xixi fora do controle, não! - iStock
Espirrou, tossiu e, ops, o xixi escapou! Ou, então, a vontade de ir ao banheiro era tão grande que, antes de chegar lá, a urina vazou. Se uma das afirmações (ou ambas) correspondem à sua realidade, três notícias:

1 Pode ser que você sofra incontinência urinária. 

2 Você não está sozinha. Embora o problema atinja homens e mulheres, a incidência é maior no sexo feminino. No Brasil, a partir dos 35 anos de idade, cerca de 15% delas têm algum grau de perda involuntária de xixi.

3 A situação tem tratamento. Então, vá a um especialista para identificar o seu tipo de incontinência – pode ser de esforço, urgência, mista ou paradoxal (todas têm cura). Em seguida, ele indicará o melhor procedimento para o seu caso.


Zero vergonha
“Hoje, qualquer um com o problema pode ter uma vida normal, sem constrangimentos nem limitações profissionais e sociais”, diz Archimedes Nardozza Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Urologia. Para ele, a adversidade física afeta o emocional e o psicológico das pessoas, que fogem de compromissos quando não têm um banheiro por perto. Pensou em virar a página, pois não
compartilha desse drama? Alto lá! Conhecer as causas e prevenir-se é tão importante como tratar-se. E essas informações também estão aqui.


Principais causas
Os motivos podem variar entre hábitos do dia a dia, condições médicas e problemas físicos:

■ Genética
■ Envelhecimento
■ Tabagismo
■ Obesidade
■ Alteração hormonal
■ Gestação e partos
■ Bexiga hiperativa
■ Lesões medulares
■ Diabetes
■ Distúrbios neurológicos
■ Problemas de próstata
■ Infecções urinárias ou vaginais
■ Prisão de ventre
■ Estresse emocional


Tipos de incontinência urinária e tratamentos

DE ESFORÇO
Perda de urina que ocorre ao tossir, espirrar, caminhar, correr, pular. Isso acontece quando os músculos do assoalho pélvico (que cobrem a cavidade inferior da bacia e sustentam os órgãos no abdômen) são forçados durante o esforço físico e se tornam
enfraquecidos ou alongados demais. A perda de xixi ocorre em episódios e em gotas ou em grande quantidade. Tratamento: basicamente cirúrgico, mas exercícios de fisioterapia pélvica ajudam a reforçar a musculatura do assoalho. Atualmente, a cirurgia
de sling – suporte que restabelece e reforça os ligamentos que sustentam a uretra e promovem seu fechamento durante o esforço
– é a técnica mais utilizada e a que produz melhores resultados.

DE URGÊNCIA
Associada a um desejo súbito e urgente de fazer xixi. É o caso da bexiga hiperativa – quando o músculo contrai sem a pessoa notar e o órgão está realmente cheio. A vontade de urinar vem com tanta frequência que, infelizmente, nem sempre dá tempo de chegar ao banheiro. 
Tratamento: a condição pode ser cuidada de diversas maneiras, incluindo remédios, estímulos elétricos com equipamentos de fisioterapia, uso de toxina botulínica e implantes de estimuladores elétricos nas raízes nervosas. Já existe uma medicação que controla a vontade de urinar sem deixar a boca seca. Esse ressecamento é uma das principais queixas em termos de efeitos
colaterais. Converse com um médico de confiança sobre isso.

MISTA
Algumas pessoas têm sintomas que podem somar dois tipos diferentes de incontinência urinária ao mesmo tempo. 
Tratamento: segundo Nardozza Jr., às vezes, são necessários exames mais específicos, como os urodinâmicos, que ajudam a escolher o tratamento.

PARADOXAL
Ocorre quando a bexiga está cheia, causando um tipo de transbordamento. O problema é a incapacidade de esvaziamento da bexiga, mas o sintoma é a perda de urina. Acontece com quem perde a sensibilidade da bexiga e não a percebe cheia.
Tratamento: o mais indicado consiste em melhorar o esvaziamento da bexiga.


Para prevenir-se...
... evite a obesidade e o sedentarismo;
... controle o ganho de peso durante a gestação;
... pratique exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico (como indicado abaixo).


Ginástica íntima
Para fortalecer o assoalho pélvico, aposte na contração e no relaxamento dos músculos da região entre oito e 12 repetições, três vezes ao dia, ao menos por seis meses. Para o exercício, sente-se com pés e joelhos afastados. Leve o tronco à frente e apoie os cotovelos sobre os joelhos. Agora, faça como se estivesse tentando evitar a perda de gases e urina juntos. Você sentirá uma contração no períneo (entre a vagina e o ânus). Segure o quanto aguentar e solte lentamente.