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Dieta e Emagrecimento / Dá para mudar

Sua mente pode estar te sabotando na hora de emagrecer; saiba como mudar

Identifique os padrões e vença os pensamentos negativos que a impedem de perder peso

Com reportagem de Ana Bardella Publicado em 19/10/2018, às 12h32 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Para levar uma vida saudável, não basta ter força de vontade. - iStock/Banco de imagens
Para levar uma vida saudável, não basta ter força de vontade. - iStock/Banco de imagens

Não é por acaso que o ser humano é considerado o mais complexo dos animais. Afinal, somos movidos não só pelos instintos, mas também por uma eterna disputa entre mente e coração.  E isso nos afeta o tempo todo, em qualquer área da vida: seja nas relações pessoais, no trabalho ou na maneira como lidamos com o corpo e a saúde. 

Quando falamos de alimentação, a nutricionista e coach de emagrecimento Gladia Bernardi, autora do livro Código Secreto do Emagrecimento (Ed. Gente, R$ 29,90), garante que a voz do inconsciente forma uma das barreiras para a perda de peso, criando “sabotadores emocionais”. 

A boa notícia é que somos capazes de vencê-los para atingir a meta de levar uma vida mais saudável. Veja como!

Identificar para mudar

“Quando falamos sobre hábitos alimentares, devemos considerar sabotadores internos e externos”, pontua a especialista. Alguém já te falou: “Come só um pedacinho, não vai fazer mal”? Ou seus colegas de trabalho adoram comemorar datas importantes com bolos recheados, salgadinhos e doces? De acordo com Gladia, esses são considerados os sabotadores externos. 

Já os internos têm origem na nossa própria mente. Em geral, estão enraizados de uma tal maneira no subconsciente que costumam passar despercebidos. Por isso, é preciso prestar atenção: somente dessa forma é possível identificá-los e finalmente vencê-los.

Exemplos práticos

Talvez na sua infância alguém tenha lhe ensinado a não deixar comida no prato, caso contrário não poderia comer a sobremesa. “Crenças como essa vão permanecendo no cérebro”, indica a profissional. 

Também é comum que, diante da possibilidade de desfrutar um doce, as pessoas pensem: “Vai ser só um pedacinho”. Mas, depois de colocá-lo na boca, decidem logo repetir por não terem controle sobre o vício que já está estabelecido no cérebro. 

E, por fim, após comerem, se convencem de que tudo bem abrir uma exceção e saciar suas vontades, porque amanhã irão começar a dieta de verdade. E, assim, o projeto de melhorar a qualidade de vida vai sendo sempre adiado.

Investigue

Procure conhecimento sobre si mesmo, pois são diversas as razões que podem nos levar a tais atitudes, por isso é necessário fazer uma investigação. Existem, por exemplo, aqueles que não conseguem recusar determinados tipos de alimentos por associarem comida ao afeto. Sabe aquela história: “Passa aqui em casa, preparei aquele prato que você adora?” 

Muitas vezes, é difícil dizer não porque a pessoa se sente negando o amor daquela que está lhe fazendo o convite. Existem ainda situações mais complexas, como o apego à imagem. 

Outra questão comum, de acordo com a especialista, é a fuga afetiva ou sexual. Mulheres que sofreram abuso ou que foram traídas podem usar a comida de maneira inconsciente, como uma ferramenta para que isso não volte a acontecer. 

“Sem perceber, muitas desenvolvem uma compulsão para ganhar peso, prejudicando a autoestima e se afastando de possíveis
parceiros”, aponta. 

Há também aquelas que comem para suprir as perdas, como o falecimento de uma pessoa querida. Uma técnica que pode ajudar
a identificar a motivação principal é a de anotar tudo o que se pensa quando o assunto é comida – assim, os sabotadores ficam bem mais claros.

Como treinar seu cérebro?

Uma vez com o problema identificado, a solução é treinar a mente todos os dias até que se vença a batalha e a mudança de hábitos, então, se torne definitiva. Também substitua as frases anotadas por outras de origem racional.

Por exemplo: em vez de dizer “Eu mereço comer esse chocolate porque tive um dia difícil”, diga “Eu mereço fazer algo prazeroso” e, aos poucos, descubra outras atividades, menos prejudiciais (mas tão satisfatórias quanto o chocolate), para conseguir atingir seus objetivos.

E acredite: faça isso com todos os pensamentos anotados!