Problemas financeiros são uma das principais causas de divórcio. Aprenda a blindar o seu casamento contra a falta de grana
Traição, falta de tempo, divergência de interesses...
A gente já ouviu todas essas justificativas
para o fim de um casamento. Mas tem uma,
muito comum, que poucas pessoas assumem: questões
envolvendo dinheiro. Uma pesquisa feita em 2015 no
Reino Unido com 3 mil pessoas revelou que as finan-
ças motivaram mais da metade (56%) dos divórcios
durante os três anos que durou o estudo. Segundo a
terapeuta de casal Denise Miranda de Figueiredo, o
dinheiro é tão importante quanto o sexo para o casal
alcançar uma união estável e duradoura. Então, para
evitar conflitos com o amado no futuro, invista tempo
para fazer um planejamento financeiro hoje. Não se
preocupe, ensinamos o caminho das pedras para você.
Não guarde
segredos do
parceiro
Muitos casais escondem
um do outro o quanto
ganham e os demais
benefícios só para não
terem de dividir as contas,
acredita? Há, inclusive,
quem tenha investimentos
escondidos. Isso é pura
falta de confiança, o que
poderia ser muito bem
comparado a um adultério!
Outro cenário comum:
os cônjuges esconderem
compras e dívidas. Uma
dica? Mesmo que esteja
em apuros, a transparência
e a honestidade é sempre
a melhor saída. Conte
tudo ao seu amor!
Nada de mentir
para os filhos
Claro, ninguém quer
instaurar o pânico dentro
de casa. Mas é um perigo
mentir para os filhos sobre
a situação financeira da
família. Todos precisam
estar cientes do que
acontece para colaborarem
na hora do perrengue.
Agindo assim, além de
não prepará-los para lidar
com dinheiro no futuro,
podem acabar afundando
a família em dívidas
e, consequentemente,
levando seu casamento
para o abismo.
Acompanhem
as despesas
de perto
Coloquem no papel todos
os gastos e os ganhos.
Desse jeito será possível
ter a real dimensão das
contas e das dívidas da
casa. Além disso, o hábito
também ajuda a analisar
quais gastos podem ser
reduzidos ou cortados
do orçamento familiar.
Criem um
orçamento
Todas as empresas fazem
orçamentos anuais,
ou seja, quanto gastar
em cada atividade. Em
uma casa, isso é muito
útil também. Estipulem
valores para serem gastos
com restaurante, cultura,
roupas... Sem esquecer das
contas fixas, como água,
luz, telefone, aluguel.
Pensem antes
de gastar
Será que preciso
realmente comprar mais
uma peça de roupa? Será
que posso esperar mais um
pouquinho antes de trocar
o meu celular? Acredite,
muitas brigas podem ser
evitadas se os parceiros
conseguirem se manter
dentro do orçamento
pré-estabelecido.
Estejam
preparados para
os imprevistos
O único jeito para conseguir
isso é poupar, ou seja, ter
uma reserva financeira
para situações que não
estavam previstas, como
o conserto do carro, um
vazamento dentro de casa,
uma doença ou, então, a
demissão de um de vocês.
Para construir esse pé-
de-meia, tentem guardar
todo mês, religiosamente,
parte do que ganham.
A recomendação dos
especialistas é que essa
reserva seja suficiente
para manter as despesas
da casa de três a seis mês
em caso de desemprego.
Avalie o que
dá pra cortar
Se a coisa anda realmente
apertada, parem de comer
tanto em restaurantes.
Um jantar feito em casa
no capricho também dá o
maior prazer. Aproveitem e
façam ainda uma avaliação
sobre o valor da TV a cabo,
a conta do celular... No
supermercado, substitua
alguns produtos por
versões similares mais
em conta. Dê preferência
para as frutas, legumes
e verduras da época.
Mais uma dica: pesquise
bastante os preços na
internet – os descontos
nas compras on-line
muitas vezes são maiores!
Isso é um
perigo!
Muitos casais
não se sentem
nada confortáveis
ao falar sobre
as finanças da
família. Mas, de
verdade, isso não
está com nada!
Para evitar que o
relacionamento
estremeça diante
do assunto,
o diálogo e a
transparência no
que diz respeito à
vida financeira do
casal deve ser total
prioridade.