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Financiamento estudantil

Será que valerá a pena se endividar?

Marcela Kawauti Publicado em 24/08/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Financiamento estudantil - Shutterstock
Financiamento estudantil - Shutterstock
"Gostaria de fazer faculdade, mas o dinheiro está curto. Financiamento estudantil é uma boa alternativa?”

C.I., por e-mail
Pode ser uma boa ideia em alguns casos. O melhor é tentar fazer uma faculdade pública ou buscar bolsa de estudos. Com relação a esta segunda opção, procure saber sobre o ProUni. Há também muitas instituições particulares que dão bolsas a alunos que se destacaram no vestibular. Esta é sempre uma alternativa, porque evita que a pessoa comece a vida profissional com uma dívida
significativa (o financiamento). Agora, se optar mesmo pelo financiamento estudantil, saiba que a principal diferença entre o FIES
(programa do Ministério da Educação) e o financiamento privado é que o primeiro tem melhores condições. Os juros são mais baixos e você começa a pagar 18 meses após a formatura. Antes disso, é cobrado a cada três meses um valor referente à taxa de juros, com limite de R$ 150. Entretanto, para conseguir esse tipo de empréstimo você precisa ter uma nota mínima no Enem e comprovar baixa renda. No caso do financiamento privado, além de juros mais altos, a carência para pagamento é menor, o que
significa que você pode ter de começar a pagar antes de se formar. Caso fique inadimplente, poderá até ter dificuldade em cursar os períodos seguintes, pois o empréstimo não será renovado. Por isso é tão importante analisar cuidadosamente o contrato de financiamento. Além de tudo isso que já foi dito acima, cheque se a profissão que você escolheu vai, de fato, elevar o seu salário de forma significativa. Será que valerá a pena se endividar? Outra coisa importante: procure uma instituição reconhecida que tenha boa aceitação no mercado de trabalho.


Livros, materiais, deslocamento...
No momento de decidir por uma faculdade, muitos ponderam somente o valor da matrícula e das mensalidades. Mas não esqueça
que existem vários outros gastos que devem ser levados em conta, como os com material escolar, livros, transporte e alimentação.
Em alguns casos, como na área da saúde, por exemplo, é preciso contabilizar também os custos com materiais para laboratório. 


Pesquise, pesquise...
Na hora de escolher a profissão, você precisa pensar além da mensalidade da faculdade e do glamour atribuído a algumas carreiras. Pesquise o dia a dia da profissão que você escolheu e fale com seus futuros colegas. Isso é essencial para entender a rotina do profissional que quer ser mais pra frente. Use e abuse de todas as informações disponíveis!

Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.


Envie suas perguntas para Marcela Kawauti pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br