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Os 5 principais erros na hora de investir

Do apego à poupança ao mal planejamento, especialista aponta falhas de quem investe e dá dicas para começar da forma correta

AnaMaria Digital Publicado em 16/05/2018, às 14h39 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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A recomendação é iniciar com aportes menores - iStock
A recomendação é iniciar com aportes menores - iStock

Apenas 24% da população economicamente ativa faz investimentos, sendo 42% desses da classe A, de acordo com levantamento da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) com apoio do Datafolha. A preferência nacional é a aplicação da caderneta de poupança, a eleita de 70% dos pesquisados. 

Os dados refletem a inexperiência com aplicações, evitadas por muitas pessoas por conta do desconhecimento ou, ainda, por aportes errados feitos no impulso, por falta de gerenciamento bem pensado e também por saque antes da hora. Esses são alguns dos erros do brasileiro ao investir, segundo análise de Francis Wagner, idealizador do App Renda Fixa, uma plataforma que auxilia todo tipo de investidor, desde o iniciante até o mais experiente. Confira alguns dos principais erros e também dicas para começar a investir de maneira inteligente:

Se apegar à poupança
Aplicar o dinheiro na caderneta de poupança é praticamente uma tradição familiar no Brasil, apesar da baixa rentabilidade frente outras modalidades. Muitos se enganam, porém, ao pensar que essa oferece menos risco que outras aplicações. Segundo o especialista, títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e privados, como o CDB, LCI e LCA, são menos arriscados e oferecem rentabilidade melhor que a queridinha dos brasileiros. Ele exemplifica: “A poupança remunera 70% da Selic mais a TR (taxa referencial), que atualmente está zerada. Se a pessoa passar a investir no Tesouro Selic, por exemplo, ela passa a ganhar 100% da taxa básica de juros”. 

Falta de educação financeira
A educação financeira do brasileiro é muito pobre. Isso porque, até pouco tempo atrás, não era possível a pessoas físicas comprar títulos públicos federais diretamente do Tesouro Nacional e os bancos comerciais não ofereciam opções mais atrativas que a poupança. “Assim, criou-se a falsa ideia de que ela é mais segura. Quando o consumidor procura outras aplicações, ele acha que está necessariamente se expondo ao risco”, explica Francis. Por isso, para quem é interessado, o especialista incentiva a estudar, aprender e tornar o investimento um hábito, para naturalizá-lo no dia a dia. 

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Buscar rentabilidade, liquidez altas e também risco baixo
Além de ter aversão ao risco, o brasileiro busca sempre alta rentabilidade e liquidez. Segundo o idealizador do App Renda Fixa, ao decidir investir deve-se abrir mão de pelo menos uma das variáveis. “Isso não é necessariamente um problema, mas se torna um entrave para os consumidores, demonstrando mais uma vez a insegurança no sistema financeiro. O comum em países com uma cultura mais longa de investimento é priorizar risco e rentabilidade”, explica Francis. “Nos EUA, por exemplo, os pais começam a investir na faculdade do filho desde pequeno, pensando a longo prazo e abrindo mão da liquidez. O retorno é bem maior”. 

Mergulhar de cabeça em um mar desconhecido
Pela falta de experiência, o brasileiro pode ser levado a precipitar-se na hora de investir, colocando um valor muito alto logo de cara em uma aplicação. “É necessário ir com calma, estudar o mercado financeiro, aprender sobre cada modalidade de investimento e iniciar com aportes menores. O ponto de partida deve ser: ‘qual o mais adequado para atingir meus objetivos dado meu perfil de risco?’”, orienta Francis. Ele aconselha os inexperientes a se tornarem “investidores de fim de semana” e que deem preferência para ativos menos complexos, como CDB, LCI, LCA e LC.

Falta de gerenciamento e planejamento financeiro
Uma questão muito importante para quem investe é saber gerenciar as aplicações. Há algumas que permitem que o valor seja retirado a qualquer momento, porém outras, como debêntures, requerem um período mínimo de anos. Assim, o investidor tem de planejar seus gastos para que não precise daquele montante até o período necessário à rentabilidade desejada. Algumas modalidades de maior risco também necessitam um acompanhamento mais frequente e maior precisão do que outras, como ações. Assim, é fundamental estudar as possibilidades, pensar a longo prazo e cultivar a paciência no jogo.