AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Penhora para pagar dívidas

Antes de decidir você deve conhecer bem os detalhes desse tipo de financiamento

Marcela Kawauti Publicado em 26/09/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Penhora para pagar dívidas - Shutterstock
Penhora para pagar dívidas - Shutterstock
"Perdi o emprego e estamos muito endividados. Penhorar uma joia da família é um empréstimo viável?”

P. O., por e-mail


A penhora como forma de empréstimo pode ser uma boa ideia, mas antes de decidir você deve conhecer bem os detalhes desse tipo de financiamento. Funciona assim: você deixa a joia como garantia e recebe uma porcentagem do valor dela em dinheiro. Além de joias, também podem ser penhorados relógios, canetas, utensílios de prata... A avaliação do valor é feita pelo penhor de acordo com o peso do metal precioso. Isto é, a forma de avaliação é bem objetiva – mesmo que o objeto tenha inestimável valor sentimental, o valor monetário dele é o que conta. O contrato pode ser feito de duas formas: em pagamento único, com vencimento em até 180 dias, ou em várias parcelas, em até 60 meses. Dentre as principais vantagens do penhor está a falta de burocracia, já que a avaliação e a liberação do dinheiro são feitas na hora. Além disso, não há análise cadastral, ou seja, o valor pode ser liberado até para negativados. As taxas de juros também são boas – cerca de 2% ao mês, abaixo inclusive das taxas cobradas no empréstimo consignado. O cliente tem todas essas facilidades, pois precisa deixar o bem no penhor como forma de garantia. Mas se não fizer os pagamentos em dia, o bem será leiloado e você perde o direito de ir buscá-lo. Isso que dizer que o penhor só é negócio se você estiver certa de que o pagamento será feito. Além disso, procure um penhor de confiança, como a Caixa Econômica Federal, para ter certeza de que o seu bem estará guardado de maneira segura.



Como é definida a taxa de juros?
Elas são cobradas por bancos e financeiras, e tem como um dos componentes mais importantes o risco de inadimplência. Por
isso é que empréstimos com garantias – como o imobiliário e o penhor – têm taxas mais baixas. Por outro lado, recursos tomados
sem qualquer tipo de garantia ou por pessoas com histórico ruim costumam ter juros mais altos.



E se eu não tiver nada para penhorar?
Se você não tiver um bem que possa ser oferecido ao penhor e não houver chance de ajustar o orçamento, as dívidas podem ser
pagas com um novo empréstimo consignado ou pessoal, que têm juros mais baixos. Mas fica um alerta: jamais recorra a empréstimos para negativados – os juros são tão altos que farão com que você se afunde ainda mais



Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.



Envie suas perguntas para Marcela Kawauti pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br