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Você no azul: o crédito pra minha empresa

No caso de empresas menores, o microcrédito é o mais recomendado, pois as taxas de juros são atrativas

Marcela Kawauti Publicado em 27/06/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Você no azul: o crédito pra minha empresa - Shutterstock
Você no azul: o crédito pra minha empresa - Shutterstock
"Vou abrir uma microempresa com minha irmã e gostaria de saber como conseguir crédito mais em conta para investir nela”

N.M., por e-mail


O caminho mais comum costuma ser o banco. É uma boa ideia se você souber o tipo de crédito mais indicado para a sua empresa e para o seu setor, e tiver pesquisado bem as melhores condições de prazo e juros. Geralmente, no caso de empresas menores, o
microcrédito é o mais recomendado, pois as taxas de juros são atrativas. A desvantagem é que conseguir crédito com o banco pode ser bem burocrático: você precisará de um histórico de bom relacionamento, além da formalização da sua empresa e da apresentação de diversos documentos. Muita gente, ao estar diante de tantas dificuldades e por não ter conhecimento de outras opções, acaba tomando empréstimos mais caros (e mais fáceis de conseguir), como crédito à pessoa física, cartão de crédito e cheque especial. Isso é um erro! Uma boa alternativa é o BNDES. As taxas de juros são acessíveis, já que o crédito é subsidiado, ou seja, os juros são em parte bancados pelo próprio BNDES por se tratar de um banco de desenvolvimento. Há modalidades bastante atrativas, como o Cartão BNDES, que financia a aquisição de veículos, máquinas e outros bens para a empresa em questão. Nessa mesma linha, você pode ir à agência de fomento do seu estado. Elas também têm crédito subsidiado e, portanto, são mais baratos. Busque a mais próxima a você no site do Banco Central (bit.ly/1SMqUGi). Por fim, há o crédito oferecido por fornecedores. Nesse caso, você provavelmente não terá dinheiro em conta, mas, sim, a possibilidade de pagar pela matéria-prima por um período mais longo e com taxas de juros mais baixas do que com o crédito regular.



Fique de olho: não é só juros que importa!
Aqui vai uma dica que vale tanto para as empresas quanto para o crédito ao consumidor. A taxa de juros é importante, sim, mas esteja também muito atenta ao chamado Custo Efetivo Total. Ele inclui, além dos juros, demais encargos e taxas cobradas pelo banco, que fazem toda a diferença no valor final das parcelas.


Programe o seu fluxo de caixa
Antes de tomar um empréstimo, programe a movimentação de recebimentos e pagamentos que terá com o seu negócio enquanto
precisará pagar o crédito. Dessa forma, você se certificará de que a parcela do empréstimo vai caber no seu bolso. Além disso,
conseguirá saber se o dinheiro que vai sobrar será ou não suficiente para fazer frente a todos os outros gastos da sua empresa.



Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.



Envie suas perguntas para Marcela Kawauti pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br