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Você no azul: Saída para o desemprego

Recorrer a esses aplicativos de transporte como forma de obter renda pode, sim, valer a pena, dependendo do padrão de vida e do salário que você procura

Marcela Kawauti Publicado em 05/12/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Você no azul: Saída para o desemprego - Shutterstock
Você no azul: Saída para o desemprego - Shutterstock
"Acabei de perder o emprego. Será que virar motorista de um daqueles aplicativos de transporte é uma boa? Já tenho o carro. O que mais preciso levar em consideração?”

M. L., por e-mail


Recorrer a esses aplicativos de transporte como forma de obter renda pode, sim, valer a pena, dependendo do padrão de vida e do
salário que você procura. Mas antes de tomar qualquer decisão, pesquise o quanto um motorista desses recebe em média na sua cidade. Essa informação está disponível na internet e há até alguns aplicativos que fazem simulações para você se basear. Mas não se deixe levar apenas pelo faturamento, ou seja, pelo valor que o motorista recebe. Isso porque o dono do carro arca com todos os custos. Aí podemos incluir os gastos relativos ao veículo, como parcela (caso seu carro ainda não esteja quitado) e também seguros, lavagem, combustível, manutenção e até mesmo a água e as balinhas que são oferecidas como cortesia aos passageiros.
Além disso, é preciso considerar também a necessidade de se fazer uma poupança para os gastos inesperados com a manutenção do veículo. Lembrando que se você usar seu carro para transportar pessoas diariamente a depreciação será bem mais rápida do que quando ele era destinado apenas para uso próprio. Como você vê, há muitas coisas que precisam ser levadas em conta, e o planejamento é fundamental para não se arrepender mais tarde. Mas há algumas boas vantagens: você não precisa fazer nenhum investimento grande para começar a trabalhar, os horários são bem flexíveis e quanto mais você trabalha, mais recebe. No seu caso, que acabou de perder o emprego, essa pode ser uma boa alternativa de trabalho temporário até que as coisas se encaixem de novo.


E agora, o que faço?
Se você perdeu o emprego, organização é fundamental pra que você possa adequar o seu padrão de vida ao novo orçamento.
Algumas mudanças importantes vão ter que ser feitas. Gaste de maneira inteligente, fazendo trocas pra economizar o máximo possível. Que tal substituir o cinema por filminhos em casa, e os gastos no salão de beleza por cuidados caseiros. Pensar em novas fontes de renda também é uma boa sacada.


Corte o supérfluo
Sempre avisamos que é importante evitar dívidas desnecessárias, mas em época de desemprego a recomendação é ainda mais severa. Dívidas caras podem desestabilizar as contas, especialmente em momentos de crise. Por isso, se estiver precisando de grana, aperte o orçamento e busque uma fonte de renda. Se ainda assim o empréstimo for inevitável, recorra a um pessoal, que tem
taxas de juros mais baixas.


Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.


Envie suas perguntas para Marcela Kawauti pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br