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Crianças bem mais solidárias

Todos os dias, em casa e na escola, a simpatia pelo outro precisa ser trabalhada nos pequenos. Só assim eles aprenderão o quanto é importante ajudar o próximo

Redação Publicado em 25/10/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Crianças bem mais solidárias - Shutterstock
Crianças bem mais solidárias - Shutterstock
A gratidão de quem recebe um benefício é sempre menor do que o prazer daquele que o faz”, já dizia Machado de Assis. Estudos mostram que após uma atitude solidária, o cérebro libera endorfina, provocando sensação de felicidade. Luciene Tognetta,
coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Universidade Estadual Paulista (Unesp), afirma que o conceito de solidariedade nas escolas é construído por meio do convívio social, dia após dia, pois é no cotidiano que as crianças desenvolvem as virtudes. 
“Exemplo: quando há conflito entre dois alunos, o professor deve promover o diálogo. Ao se expressarem e dizerem o que os incomoda eles aprendem a olhar o outro com generosidade”, explica. A família, claro, tem papel fundamental. “É preciso que a criança sinta a união de pais e irmãos e os vejam praticando a solidariedade entre eles mesmos”, diz o psicoterapeuta e educador
Leo Fraiman (SP). Veja como incentivá-los:


1 Ensine a compartilhar

As crianças estão discutindo por um brinquedo? Tire-o delas e diga que você só o devolverá quando elas entenderem que devem brincar juntas ou aprender a emprestar. Para não ter dor de cabeça, muitos pais preferem resolver o problema comprando um brinquedo igual para cada filho – isso só reforça o individualismo e gera o egoísmo. O distanciamento faz com que eles nunca enxerguem as necessidades do outro.



2 Não trabalhe pela criança

A sua não colaboração pode acontecer numa situação simples, como não ajudá-lo a arrumar a bagunça dos brinquedos. É importante que o pequeno entenda, desde muito cedo, que cooperar com a família para manter a casa em ordem é ser solidário. Ensine que cada um deve dar o melhor de si para o outro, e que quando a gente se ajuda todo mundo sai ganhando. Conforme forem crescendo, divida as tarefas domésticas com eles.


3 Encoraje as iniciativas solidárias

Caso a escola esteja promovendo alguma ação solidária, estimule seu filho a participar. Melhor: pai e mãe também devem colaborar efetivamente. “Contribuir apenas com dinheiro é algo muito cômodo, preguiçoso. É importante que os pais expliquem pra criança o significado de vestir a camisa, se engajar”, avisa Fátima Balthazar, arte-educadora e assessora pedagógica especialista em valores humanos (SP).


4 Evite comparações

Se você tem um filho solidário e o outro não, respeite o jeito de agir de cada um e trabalhe para mudar o cenário. Observe com atenção o cotidiano da criança menos solidária e, ao perceber qualquer atitude generosa dela, elogie e a faça entender que aquilo é muito bonito. Mostre o quanto a outra parte ficou feliz e o bem-estar que ela própria acabou sentindo. Incentive-a a agir mais vezes dessa forma.


Entre neste jogo você também!
No livro A Formação da Personalidade Ética: Estratégias de Trabalho com Afetividade na Escola, (Editora Mercado de Letras, R$ 59) Luciene Tognetta ensina jogos que desenvolvem as virtudes na criança. Sugira-os na escola do seu filho ou brinquem em casa!


COMO MONTAR: escreva as virtudes em papéis (solidariedade, tolerância, gentileza...) e coloque cada um num envelope.

REGRA DO JOGO: as crianças sentam-se em círculo e os envelopes são espalhados no meio da roda. Uma delas escolhe um e lê a virtude sorteada. Você ou os professores organizam a discussão sobre a virtude, perguntando se todos compreendem seu significado. Depois é hora de discutir, dar exemplos de como ela pode fazer parte do cotidiano e questionar se já a exercitaram naquele dia.