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E aí, vale a pena perdoar uma traição?

Lucas Fernandes, eliminado ontem do BBB, quer se redimir. E a gente fica aqui pensando: dá pra passar por cima de uma situação assim?

Redação AnaMaria Publicado em 28/02/2018, às 17h59 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Depois que o estrago está feito, ainda tem volta? - TV Globo
Depois que o estrago está feito, ainda tem volta? - TV Globo

Apesar de não ter se inscrito para o Big Brother Brasil, a noiva de um dos participantes acabou roubando toda a atenção nessa edição. Ana Lúcia Vilela estava em um relacionamento sério com Lucas Fernandes há anos e torcia pelo rapaz quando ele entrou na casa, movimentando uma campanha nas redes sociais a seu favor. Mas o empresário, que garantiu respeitá-la, acabou se aproximando de outra mulher: a personal trainer Jéssica. Carícias em baixo do edredom pra cá, posturas duvidosas pra lá... O fato é que o público apelidou o participante de “noivo de Taubaté”, já que ele chegou a chorar na cama segurando a aliança de compromisso enquanto dormia com outra mulher ao seu lado.

Uma vez fora da casa, ele assume que errou e que está arrependido. Tudo indica que ele vai tentar reatar o relacionamento... Mas, cá entre nós, é possível perdoar uma traição? Rosana Braga, consultora de relacionamentos do site Par Perfeito, afirma que sim – se o casal der tempo ao tempo.

Por que é tão difícil?

Porque são várias mentiras e dores misturadas. A pessoa compartilha casa, cama, vida, contas, sonhos e às vezes até filhos... É um peso enorme. Além disso, tem a questão sexual e afetiva, que mexe com dores e sentimentos profundos. “Um casal tem a expectativa de ser o único na cama um do outro. E quando isso é quebrado sem aviso prévio, dá raiva, tristeza e vontade de se vingar. Perdoar só é possível com bastante conversa e tempo”, afirma Rosana.

Afinal, vale a pena?

Depende. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta o que cada um espera da relação, e refletir se ainda dá para compartilhar a vida em comum. Se existe amor, veja o quanto cada um colaborou para que essa catástrofe acontecesse. Foi a primeira vez? Quem traiu costuma mentir, enganar, ferir e desrespeitar o outro?

É possível esquecer e voltar a ser como era antes?

Rosana diz que apagar o que aconteceu não é possível. “Se uma mulher continua um relacionamento esperando esquecer o fato de ter sido traída, é melhor nem insistir. O que se pode fazer é usar essa oportunidade para se tornarem mais cúmplices e verdadeiros.” Aí então valerá a pena recomeçar, sim!

O diálogo salva

  • Quem traiu deve responder às perguntas e ser sincero. Não é hora de esconder fatos, pois pode ser pior depois.
  • Decidiu perdoar? Depois de algum tempo, procure evitar trazer a lembrança à tona. Falar, acusar, relembrar e cobrar só vai desgastar a relação.
  • Os dois precisam reconstruir a confiança. É possível voltar a ser feliz, mas o casal precisa querer de verdade. Se a mulher que foi traída nunca mais deixar o homem sair com seus amigos, por exemplo, a relação se torna tensa e sem prazer. Tem que confiar! 
  • Acima de tudo, é preciso que a pessoa traída busque fortalecer a autoestima, cuidar da própria vida, se sentir atraente, feliz e disposta a fazer esse amor valer a pena. Se fazer de vítima não adianta nada.

Lucas não está sozinho nessa, viu?

Segundo uma pesquisa da antropóloga Miriam Goldenberg, cinco em cada dez mulheres se declararam infiéis, enquanto seis em cada dez homens diziam que traíam. Os motivos variam: as mulheres geralmente fazem por vingança ou por sentirem que o companheiro não tem mais desejo por elas. Já os homens lidam com o assunto como se fosse quase uma compulsão que não tem nada a ver com o casamento. “Eles podem estar com suas companheiras e, mesmo assim, ter um caso. Há homens que foram infiéis, mas se arrependem, sofrem e acreditam que isso não vai acontecer mais. Para eles, a infidelidade é um acidente de percurso”, afirma Miriam. Segundo a antropóloga, dos traídos, três de cada dez terminam a relação, mas sete deles, apesar de brigar, chorar e xingar, decidem esquecer o que passou e recomeçar a vida sem mágoas.