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Especial Primeira Infância: Como escolher uma boa creche

Para contribuir com o progresso saudável do seu filho, a instituição deve preencher alguns requisitos importantes. Vamos a eles!

Ana Bardella Publicado em 09/05/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Especial Primeira Infância: Como escolher uma boa creche - The Noun Project
Especial Primeira Infância: Como escolher uma boa creche - The Noun Project
Segurança. Eis a primeira palavra que costuma vir à nossa cabeça quando o assunto em questão é procurar uma creche para deixar os filhos durante o horário de trabalho. E, claro, trata-se de uma preocupação extremamente pertinente. Afinal, é preciso confiar muito nos profissionais para deixar seu bebê longe – mesmo que seja só por algumas horas. Além disso, vê-lo voltar limpinho e bem alimentado de lá facilita pra caramba a vida familiar. Por esses motivos, é inquestionável: ter educadores atentos e receber os devidos cuidados são fatores essenciais para que uma creche possa funcionar adequadamente. Mas, segundo especialistas, só isso não é o suficiente. Entenda o motivo e saiba o que cobrar quanto às atenções destinadas ao seu filhote:


Fase mais que especial
Bebês são curiosos, estão sempre descobrindo e brincando com coisas novas. Parte desse comportamento decorre da expansão do cérebro nos primeiros cinco anos de vida: nesta época, o órgão explora todo tipo de conexão para que as crianças possam aprender com rapidez e em grande quantidade – algo que interfere no restante de sua infância, adolescência, vida adulta e até velhice. Ou seja: investir nesse período da vida é o mesmo que apostar no futuro de alguém! “Para que todos esses processos corram de maneira satisfatória, um ingrediente é primordial: o afeto”, explica Daniel Santos, membro do comitê científico do Núcleo Ciência Pela Infância. E quando usamos essa palavra não estamos só falando dos beijos e carinhos, viu? Estar presente e interagindo com o pequeno é uma prática importantíssima. Justamente por isso, há quem defenda que a convivência com a família é a melhor receita para o desenvolvimento infantil. Mas, na prática, na maior parte das casas, os pais se veem obrigados a deixar seus filhos sob os cuidados de uma instituição para que possam voltar ao mercado de trabalho.


Espaço livre de estresse
Quando pensamos nos benefícios que uma criança tem ao frequentar a escola, somos capazes de criar uma lista enorme! Com relação às creches, infelizmente, isso não acontece. “Alguns estudos apontam que, dependendo das condições as quais os bebês são submetidos, frequentar esse espaço pode até ser prejudicial”, detalha Santos. O motivo? Falta de atenção. “Quando o número de educadoras é insuficiente para a quantidade de crianças acolhidas, os pequenos saem perdendo”, afirma. Um dos maiores riscos para o bebê são as situações de estresse, que acionam seu sistema de alerta com frequência e duram muito tempo. Violência física ou psicológica, ficar com fome por horas a fio e estar em uma turma grande (e barulhenta) são alguns exemplos de circunstâncias que ativam esse mecanismo nos pequenos, comprometendo seu bem-estar. Quanto mais elas se repetem, mais difícil fica para os adultos acalmá-las. Como as crianças não conseguem se defender sozinhas, precisamos estar atentos à elas.


O que deve ser oferecido?
Além dos requisitos básicos (profissionais qualificados e infraestrutura) para atender as crianças, a instituição deve informar quais atividades são desenvolvidas ao longo do dia. “Elas não precisam ser rígidas, como na escola, onde há cobranças”, garante o especialista. A creche deve explicar porque os bebês têm aquela rotina e quais habilidades ela trabalha. Leve em conta também que os pequenos criam vínculos afetivos. Logo, a alta rotatividade das educadoras pode gerar estresse. Outro pilar importante: as refeições oferecidas. Cheque se são de qualidade e preparadas de modo seguro.


Um passo atrás
Infelizmente, é comum vermos nos noticiários que famílias aguardam vagas em creches por um longo período. Também encontramos casos em que a verba destinada à merenda é desviada por pessoas malintencionadas. Tudo isso resulta em um atraso e tanto para as nossas crianças e para o país como um todo. É preciso mudar esse cenário. Como? Cobrando as instâncias responsáveis por serviço de mais qualidade!