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Especial Primeira Infância: Para o progresso, estímulo prático

Da barriga da mãe à convivência na escola: o que fazer em cada etapa da vida do pequeno para ele se desenvolver de maneira satisfatória

Ana Bardella Publicado em 23/05/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Especial Primeira Infância: Para o progresso, estímulo prático - Shutterstock
Especial Primeira Infância: Para o progresso, estímulo prático - Shutterstock
A primeira infância – período que vai do nascimento aos 6 anos de vida – é crucial para os nossos pequenos. Nessa fase acontece
boa parte da expansão do cérebro, além da formação de nossas bases emocionais e sensoriais. Porém, no dia a dia, o que fazer para estimular o desenvolvimento da criança? A enfermeira e consultora da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Anna Chiesa, responde a essa dúvida tão comum entre os pais.

Durante a gravidez
Com o passar das semanas de gestação, o bebê vai crescendo e dá início às suas atividades cerebrais. No último trimestre, ou seja, do sexto mês em diante, ele já é capaz de escutar e perceber a diferença entre os ambientes claros e escuros, além de sentir o cheiro da mãe. Nessa época, as vivências são todas divididas por dois. Afinal, a alimentação da mulher grávida é a mesma da criança e as
emoções da futura mamãe são sintetizadas em liberações de hormônios que entram em contato com o pequeno. De acordo com a especialista, nessa fase é muito interessante “conversar com a barriga”. Outra prática sugerida por Anna: a mãe deve seguir uma rotina quando chegar em casa. Por exemplo, apagar as luzes do quarto, fazer uma massagem na barriga enquanto escuta uma
música suave de sua preferência... Essas medidas simples ajudam a tranquilizar o bebê ainda durante o período de gestação. Isso tornará a missão de acalmar um recém-nascido bem mais fácil, pois ele já estará bastante familiarizado com esses hábitos.

DOS PRIMEIROS DIAS AOS 3 ANOS
Dos 6 aos 9 meses
O foco principal é o desenvolvimento motor. Nessa fase, eles começam a sustentar a cabeça, ficam de bruços e, então, passam a manter o tronco reto, sentar, engatinhar... A cada avanço, o olhar dos bebês para o mundo fica diferente – assim como sua rotina! Mas, além desses processos, precisamos nos lembrar: os pequenos estão em constante escuta. Por isso, já é aconselhado conversar com eles, nomear os objetos, as partes do corpo enquanto tomam banho, mostrar livros e figuras... Afinal, como já está provado, quanto mais ouvem, mais palavras falarão no futuro. A expressividade é outro ponto importante. Como a fala ainda não se desenvolveu, cabe ao adulto interpretar suas diferentes manifestações de descontentamento que vêm em forma de choro. Em geral,
elas são atribuídas a questões biológicas, como fome, dor, fralda suja... E não podemos nos esquecer das questões emocionais.
Alegria, medo, raiva e tristeza também podem despertar esse tipo de reação. Afinal, os bebês estão descobrindo os seus sentimentos!

Entre 1 e 2 anos
Nessa fase, a grande preocupação é preparar o ambiente doméstico para evitar acidentes. Cheias de energia, as crianças começam a escalar móveis, subir escadas... Então, organize os espaços para serem explorados sem riscos. A autonomia para andar por aí aumenta, mas o “juízo” ainda é inexistente. Logo, todo cuidado é pouco: não adianta apenas impor restrições verbais, é preciso estar por perto vigiando todas as suas ações.

ENTRE 2 E 3 ANOS
Chegou a hora de empenhar-se em ensinar valores aos herdeiros. Conte a eles algumas histórias que trabalhem ideias de conquistas, sentimentos, diversidades nas pessoas... No entanto, o maior estímulo para que a criança apresente um comportamento
considerado positivo é por meio dos exemplos. Se os pais pedem a elas que não mintam, é importante que não pratiquem isso dentro de casa, inclusive – e principalmente! – com relação aos filhos. Descumprir acordos faz com que a criança se sinta traída.

DOS 3 AOS 6 ANOS
Nessa fase, ocorre um aprimoramento do processo de autonomia. Aos 4 anos, o pequeno já começa a frequentar a pré-escola, onde o foco é a socialização. Lá, as crianças aprendem as regras sociais e trabalham funções como prestar atenção, se planejar, participar
de atividades em conjunto... Quando os adultos são atenciosos e sensíveis, fica mais fácil para os pequenos se aprimorarem nesses aspectos. Explicar o porquê das proibições também favorece o desenvolvimento de um pensamento crítico. Além disso, brincar de “faz de conta”, “estátua” e “seu mestre mandou” são boas pedidas para o desenvolvimento.