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Especial Primeira Infância: Ser mãe não é só instinto...

... é aprendizado também! O Programa Mãe Coruja Pernambucana dá suporte às mulheres para exercerem seus papéis com confiança e com uma base segura de informações

Ana Bardella Publicado em 05/05/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Especial Primeira Infância: Ser mãe não é só instinto... - Shutterstock
Especial Primeira Infância: Ser mãe não é só instinto... - Shutterstock
Não são poucos os filmes e novelas com personagens que, após o nascimento de seus bebês, se transformam em mães protetoras, felizes e sábias quando se trata do que é melhor para seus pequenos. Na prática, porém, ser responsável pelo desenvolvimento de uma criança é complicado e pode gerar dúvidas e inquietações – sem que isso seja um problema! Pensando nas necessidades de uma grávida, foi criado no estado de Pernambuco, há 10 anos, o projeto Mãe Coruja. “O objetivo? Planejar e praticar ações para combater doenças (e a mortalidade) materna e infantil”, explica Virgínia Holanda, gerente de monitoramento do programa. A iniciativa, inclusive, virou lei! Hoje, diversas áreas governamentais devem seguir as estratégias para proporcionar uma gestação e um bom pós-parto de qualidade às famílias. “Tudo isso impacta no futuro dessas crianças e desenvolve adultos seguros, produtivos e com mais facilidade de aprendizado”, completa.


O que o Mãe Coruja pode oferecer
Mais de 160 mil mulheres foram atendidas pelo programa. Alguns serviços oferecidos:

  1. Cadastramento e acompanhamento das gestantes e seus filhos.
  2. Oficinas de segurança alimentar e nutricional.
  3.  Estímulo à alfabetização das grávidas.
  4. Kit com enxoval, itens de asseio e o “álbum do bebê”, para registrar o crescimento do pequeno e despertar o vínculo afetivo com a mãe.
  5. Cursos de qualificação profissional para as mulheres atendidas (artesanato, decoração de festas infantis e preparação de bolos).
  6. Capacitação para profissionais com relação à saúde feminina, parto humanizado, imunização, aleitamento...


Quem pode ser atendido?
Os serviços são destinados apenas às gestantes que moram no estado de Pernambuco e são usuárias do SUS. O acompanhamento pode começar no momento da confirmação da gravidez e abrange todo o período de gestação, parto e puerpério. Podem ser cadastradas gestantes com até cinco meses. Após o prazo, o registro só acontece com a comprovação da realização de, pelo menos, quatro consultas de pré-natal. Depois do nascimento, a criança passa a ser acompanhada até completar cinco anos. Dá resultado! Desde a implantação, o Mãe Coruja contribuiu para a redução da mortalidade infantil: de 22 bebês mortos a cada 1000 nascidos no estado, a proporção caiu para menos de 15 a cada 1000 nascidos.



Diferença no dia a dia
“Engravidei pela primeira vez com 14 anos. Quando Ruam, meu filho, tinha 4 anos, fiquei grávida de novo e a gestação era de risco. Entrei em depressão. Então, me indicaram o Programa Mãe Coruja e fui lá para conversar com as psicólogas. Desde aquela época o projeto está presente na minha rotina e tem me feito muito bem! Já participei de vários cursos – um dos que mais gostei foi o de bordado. Hoje Maria Sofia tem 8 meses e sinto os resultados dentro de casa. Antigamente eu era mais estourada, cabeça quente. Agora, com as orientações, a postura com meus filhos está mais tranquila. O apoio recebido tem sido muito importante.”

Juliana Maria da Silva, 20 anos, Macaparana (PE)



Atendimento pelo Brasil
O Ministério da Saúde também tem um projeto que prioriza as gestantes: trata-se da Rede Cegonha. Esse programa organiza os cuidados prestados às mães e seus bebês ao redor do Brasil. A ideia é que, aos poucos, ele seja implementado em todo o território nacional. O programa garante teste rápido de gravidez, pelo menos seis consultas médicas de pré-natal, exames clínicos e laboratoriais, encaminhamento para a maternidade onde será realizado o parto e auxílio com o transporte das grávidas. A Rede Cegonha também incentivada boas práticas, como o direito a um acompanhante de livre escolha da mulher durante o trabalho de parto e a possibilidade de ficar em contato pele a pele com seu bebê imediatamente após o nascimento. A Rede Mãe Paulistana, que atua em São Paulo capital, e a Rede Cegonha Carioca, do Rio de Janeiro, estão vinculadas ao programa do Ministério da Saúde.