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Hand Spinner: como lidar com a febre do momento

Brinquedo diverte e combate o estresse, mas especialista recomenda uso moderado e só a partir dos 6 anos

Izabel Duva Rapoport Publicado em 13/10/2017, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Hand Spinner: como lidar com a febre do momento - iStock
Hand Spinner: como lidar com a febre do momento - iStock
A nova mania entre a meninada está despertando a atenção de muitos pais: o hand spinner (em português seria algo como “girador
de mão”) é um brinquedinho com três pontas arredondadas, feito de plástico e metal. Não usa pilhas nem bateria. Para brincar, basta girá-lo entre os dedos – ou na cabeça, joelho, nariz ou até na língua! “É um jogo de disputas e desafios, identificando quem gira por mais tempo com diferentes manobras”, explica a psicóloga clínica e emergencial Ingryd Abrão, que atua na ONG Núcleo Espiral. O dispositivo, criado nos anos 90 para ajudar no tratamento de pessoas com déficit de atenção, ganha fama 20 anos depois como um brinquedo que diverte e combate o estresse e a ansiedade. “No entanto, dependendo do caso, ele pode ser mais perturbador do que útil”, alerta Ingryd. Entenda a seguir os prós e os contras:

Fique de olho...
Para saber se o spinner está prejudicando seu filho, a especialista recomenda avaliar:
■ Idade: não é indicado pra menores de 6 anos.
■ Onde brincar: o uso em sala de aula pode prejudicar o aprendizado.
■ Controle: sem a supervisão de um adulto, o brinquedo pode se tornar objeto de distração, prejudicando as atividades diárias.
“Observe como a criança reage ao estímulo e de que forma interfere em seu desenvolvimento”, orienta. Estabeleça critérios e
regras para sua utilização, como não brincar na escola ou na mesa do jantar.
■ Certificação: o produto deve conter o selo do Inmetro. “O órgão já identificou acidentes com pessoas que ingeriram pequenas partes do spinner, principalmente dos rolamentos, causando engasgo”, afirma.
■ Modelo: há diversas versões. Muito cuidado com os pontiagudos. “Quando solto, em alta velocidade, pode acabar ferindo alguém”, diz Ingryd.

... mas aproveite!
O uso adequado do spinner vai além de amenizar o estresse e a ansiedade. Segundo a psicóloga, ele estimula diversas habilidades nas crianças e nos adolescentes:
■ Socialização: ao compartilharem os mesmos interesses no brinquedo. 
■ Coordenação: ao tentarem equilibrar e manobrar o objeto sem perder velocidade.
■ Autocontrole: ao serem utilizados em disputas, aprendem a ganhar e perder.
■ Percepção: ao exercitarem noções de tempo e espaço.
■ Equilíbrio e desenvolvimento motor: quando procuram deixar o spinner rodando por mais tempo sem deixar cair (chega a girar
por até 4 minutos, dependendo da energia impulsionada).
■ Pensamento estratégico e criativo: ao buscarem novas manobras para superarem os colegas.
■ Autoconfiança: quando superam e vencem as próprias metas estabelecidas.

Mistérios sobre a invenção
A origem do brinquedo ainda é confusa e um pouco contraditória. Há quem diga que foi criado em 1993 pela americana Catherine Hettinger, que sofre de miastenia (doença que afeta os músculos e provoca fadiga), para conseguir interagir com sua filha Sarah. Outra versão da origem é dada pelo americano Scott McCoskery, que diz ter inventado o dispositivo para lidar com sua própria inquietação em reuniões de trabalho.

Onde encontrar
Conseguir um spinner é uma tarefa muito simples. É provável que você o encontre em qualquer lojinha do seu bairro ou em grandes lojas de departamentos a partir de R$ 10. Há versões que chegam a custar até R$ 500!

Está sem o selo do Inmetro? Denuncie!
Nas últimas semanas, o spinner passou a ser alvo de fiscalização por conta da popularidade entre o público infantil. Por isso, fique atenta: se encontrar embalagens sem selo oficial do Inmetro, denuncie: inmetro.gov.br/ouvidoria. Já em caso de acidente, comunique o Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac), pelo site inmetro.gov.br/consumidor/acidente_consumo.asp

Dica
Para auxiliar na concentração e reduzir o estresse do seu filho, escolha modelos simples que não gerem tantos estímulos por meio de cores fluorescentes e formatos variados.