AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Idade é relativo! Trauma pós-queda tem tratamento

Mesmo que pessoas mais velhas não tenham uma fratura, o impacto psicológico é enorme

Dr. Paulo Camiz Publicado em 16/05/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Idade é relativo! Trauma pós-queda tem tratamento - Shutterstock
Idade é relativo! Trauma pós-queda tem tratamento - Shutterstock
"Meu avô caiu em casa e quebrou a perna. Agora, de tanto medo, não quer mais se levantar ou andar sozinho. Como fazê-lo superar o trauma?”

L. M., por e-mail

As quedas estão entre os maiores problemas da geriatria e, ainda que outras especialidades tratem de fatores associados, como tonturas, os tombos enquanto síndrome só têm o geriatra como autoridade. Observação: para um idoso, às vezes, uma queda tem
o mesmo impacto de um acidente de carro para um jovem – e não me refiro só às lesões físicas. Mesmo que pessoas mais velhas não tenham uma fratura, o que seria um problema ainda maior, o impacto psicológico, como ilustra a leitora, é enorme. Eles pensam: “Não sou mais o mesmo. Estou caindo e posso me acidentar feio”. E o que ele faz? Para ou reduz as caminhadas. Com
isso, perde músculos, fica inativo e com tendência maior à depressão. Pior, quando precisar andar, a chance de ter uma nova queda e ampliar o problema aumenta. E, então, como recuperar a confiança? Fisicamente, fortalecer os membros inferiores e treinar marcha. Um bom fisioterapeuta ajuda nisso. A avaliação de um médico focando nos principais fatores que o levaram a cair também é fundamental, pois previne novas quedas. Problemas de visão e de equilíbrio, entre outros, podem estar envolvidos. Emocionalmente, um tratamento medicamentoso pode tirar traumas e despertar o desejo de melhorar. Um especialista capacitado deve coordenar a reinserção e o resgate de funcionalidade!

Lar adaptado para evitar acidentes
Qualquer queda para um idoso representa um fator de risco, pois a recuperação dele é demorada e o organismo, geralmente, mais
frágil. Então, devemos tornar os ambientes, principalmente a casa onde ele vive, menos arriscado. Como? Aposte em tapetes
antiderrapantes, além de alguns corrimões para se apoiar. Afinal, 70% dos acidentes acontecem no próprio lar. Desse total de tombos, 28% dos homens e 40% das mulheres sofrem fratura.

Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto “Mente Turbinada”, que desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br

Envie suas perguntas para dr. Paulo Camiz pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br