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Ivete Sangalo: "ser mãe me deu força e coragem!"

A cantora estava em todas no Carnaval e segue bombando no The Voice Kids!

Luciana Bugni Publicado em 01/03/2017, às 15h05 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Ela se vira no trio, na avenida e na cadeira! - Globo/ Divulgação
Ela se vira no trio, na avenida e na cadeira! - Globo/ Divulgação

Você viu a cantora brilhar no Carnaval da Sapucaí, no de Salvador e ainda arrumar tempo para pular na pipoca baiana, disfarçada de palhaço. E é inevitável pensar: onde ela arruma esse pique? Segunda a cantora, a maternidade deu ainda mais força e coragem. Quando Ivete Sangalo foi chamada para apresentar o The Voice Kids, no ano passado, estava descobrindo o que chama de pílula da vida: a maternidade. E é isso que ela tenta passar para os aspirantes a cantores mirins. “O objetivo é fortalecer essas crianças, independentemente do que vai acontecer aqui”, disse na entrevista. Veja como ser mãe do Marcelo, de 7 anos (que desfilou com ela no Rio), e trabalhar com tantas crianças mudou o jeito da baiana lidar com a vida.

É uma responsabilidade grande fazer o The Voice Kids?

Quando os meninos me chamaram pra participar eu fiquei muito feliz por tudo que está envolvido na questão. Me chamaram num momento em que descobri a pílula da vida, da força e da coragem que é ser mãe. Foi um misto: estar vivendo esse sonho com as crianças, que ficará na memória afetiva deles, e de ter a sensação de coração transbordando. Dá vontade de virar pra todos. Você começa a colecionar razões pra escolher. E é gostoso fazer parte da construção desse pilar porque você traz uma palavra de fortalecimento. O objetivo é fortalecer essas crianças.

Como você lida com a decepção de quem não foi escolhido?

Ninguém elimina ninguém. Nossa ideia é agregar. Eles acabam aprendendo isso de forma espontânea. Creso [apelido de Eduardo Macedo, diretor artístico do programa] me falou algo que foi determinante pro meu entendimento do The Voice Kids: “a criança é livre, está começando, está aprendendo”. Todos esses hábitos que temos sobre a vida, o pessimismo que temos com algumas situações... eles não têm. Pra eles, esse é o começo. A gente tem que se despir do adulto. Inevitavelmente os meus olhos se fecham e é uma tentativa de discernir, porque eu sou mãe e eu quero meu filho feliz. Mas eu quero meu filho feliz dentro das possibilidades e dentro da verdade. Assim como quero com eles.

Existe uma cobrança nos seus círculos pessoais para que o Marcelo cante?

Pra ele não existe uma dissociação de ‘ali está a cantora, aqui está a minha mãe’. Ele assiste comigo
e a às vezes eu falo alguma expressão, e ele pergunta: ‘Mãe, o que foi isso que você disse?’, ou então: ‘Mãe, você gostou muito?’. Ele vive neste mundo, já faz uns batuques bonitos, adora música... Mas é livre para ser o que quiser.

Onde você aprendeu a ser tão didática para explicar os erros e acertos das crianças?

A criança que vem para o The Voice Kids está na infância, então tudo o que é dito a ela tem um conteúdo mais denso porque faz parte dessa construção do que ela imagina sobre a vida. É o começo. Ter a oportunidade de fazer parte desse momento é massa demais. Saber que eles sairão daqui com essa lembrança feliz, para a vida. É massa.

Que conselho daria para as mães que estão descobrindo os talentos dos filhos?

Respeito e paciência. E muito amor. Acima de tudo amor.

Você acha que o programa muda vidas?

Elas vêm até aqui para realizar sonhos e escrever oportunidades. O objetivo é dar aquele candidato muitos subsídios para que ele desenvolva o talento de uma forma mais natural. Como espectadora, eu sempre achei que o programa te inebria, te deixa paralisado diante da televisão. As histórias são muito gostosas de ouvir, essa oportunidade é massa de se ver. Vê-los pessoalmente cantando é impactante porque realmente são grandes cantores, grandes intérpretes.

Qual a maior lição que o The Voice te deu?

Maturidade e calma. Eu já vinha com esse movimento depois que meu filho nasceu. Hoje eu percebo mais, eu passei a economizar meus pensamentos e falas, pois ali naquele momento existem outras pessoas a serem alçadas à notoriedade. Isso trouxe uma calma de pensamentos como artista. Com as crianças, eu ganhei esse tempo de raciocinar em benefício delas. Eu penso como se fossem meus filhos. É preciso ter uma responsabilidade. Isso gera raciocínio, calma, paciência com as palavras e com os movimentos.