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"Larga esse videogame e vai brincar!"

Pesquisa recente prova: jogos on-line são o passatempo preferido de boa parte das crianças. Haja estímulo para incentivar essa garotada a se mexer!

Ana Bardella Publicado em 30/12/2016, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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"Larga esse videogame e vai brincar!" - Shutterstock
"Larga esse videogame e vai brincar!" - Shutterstock
Cada dia aparece uma tecnologia nova para disputar a atenção dos pequenos. Seja no celular, na TV ou no computador, o que não faltam são jogos cheios de desafios pra entreter a molecada. E os próprios pais estão cientes disso: numa pesquisa encomendada pela marca de pomada Nebacetin, quatro em cada dez deles assumiram que seus filhos preferem o divertimento eletrônico a atividades ao ar livre, brincadeiras com amigos e práticas de esporte. “Algumas famílias ficam perdidas diante desse comportamento”, explica a psicóloga infantil Daniella Freixo. Resultado? Sedentarismo, que, não bastasse ser uma das principais causas da obesidade infantil, dificulta o desenvolvimento social entre as crianças.


Proibir está longe de ser a saída
“Para solucionar o uso excessivo dos meios digitais, muitos pais acabam proibindo os aparelhos eletrônicos ou regulando o tempo
de uso sem propor uma nova maneira de o pequeno ocupar seu tempo”, conta a especialista. Mas fazer só isso não basta – pelo
contrário. “Se o intuito for mudar os hábitos da criança, é preciso que os pais ofereçam outras atividades, como brincadeiras divertidas em casa mesmo”, completa. Encontrar esse equilíbrio é necessário para que a criança aprenda novas maneiras de se divertir. A tirada do videogame à força, por exemplo, não será prazerosa e só causará irritação.


Exemplo é a palavra-chave
A mesma pesquisa citada no início da matéria revelou um dado interessante: sete em cada dez adultos que praticam atividades físicas incentivam os filhos a se mexerem também. Nas famílias em que os pais são sedentários, o número cai para cinco em cada dez. “Quando um dos pais pratica algum esporte, mais oportunidades são criadas para que as crianças possam conhecer e se apaixonar por esse mundo”, diz Daniella. Ou seja, o pequeno incorpora os hábitos com naturalidade, pois é algo que já faz parte
da rotina familiar. Em compensação, quando isso não ocorre, os adultos tendem a ficar focados nas questões da casa e precisam
dedicar mais energia para entender os esportes e incentivar as crianças a participarem.


Além dos benefícios físicos
Praticar esportes regularmente faz um bem danado à saúde e na infância esse hábito deve ser ainda mais incentivado, pois é aí que
a criança pode tomar gosto pela coisa. Além de ser eficaz no combate à obesidade infantil, “o esporte faz com que a criança entre em contato com as frustrações de uma maneira positiva”, esclarece a psicóloga. A atividade física ainda cria no pequeno a perspectiva de que é treinando que se consegue melhores resultados, faz com que ele tome consciência do próprio corpo e assegura
que a garotada aprenda a respeitar as regras e a pensar de maneira coletiva. Tudo isso ajuda a socializar e fazer amigos!


Como escolher uma atividade
É normal que até os 7 ou 8 anos a criança experimente muitos esportes, seja na escola ou em cursos extracurriculares procurados pela família. Pode ser que, durante o processo de adaptação, ela acabe recuando, mesmo que tenha ido apenas a algumas aulas.
Por isso é preciso que os pais estabeleçam um tempo mínimo (como seis meses) antes de cancelar a matrícula. Isso gera nos pequenos um comprometimento com as aulas, ao mesmo tempo em que dá liberdade para que possam trocar de modalidade caso não estejam gostando do conteúdo. Depois dessa idade, a tendência é que as crianças se posicionem naturalmente para aqueles esportes ou atividades de que gostem e se identificam mais.



Cada modalidade tem uma característica e trabalha diferentes pontos do desenvolvimento físico e social da criança:

✔ ESPORTES COLETIVOS
Trabalham o espírito de equipe e desencorajam atitudes individualistas. Exemplos: futebol, vôlei, basquete...

✔ AQUÁTICOS
Ajudam a controlar a ansiedade e melhoram a concentração. Exemplos: natação, surfe...

✔ ARTES MARCIAIS
Ajudam no autoconhecimento, na assimilação de regras e no desenvolvimento de princípios como honestidade, respeito e amizade. Exemplo: judô, caratê...

✔ ARTÍSTICAS
Lúdicas, dão mais consciência sobre o próprio corpo, além de treinarem o equilíbrio, a coordenação e a superação. Exemplos: danças, capoeira, circo...

✔ INDIVIDUAIS
Melhoram o autoconhecimento e, em alguns casos, promovem interação com a natureza. Exemplos: tênis, atletismo...