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Ludmilla apanha da mãe e posta: um tapinha não dói?

É normal perder a paciência e bater no filho?

Ana Bardella Publicado em 27/03/2018, às 17h03 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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um tapinha não dói? - AgNews
um tapinha não dói? - AgNews

Nas redes sociais, a cantora Ludmila fez graça com o fato da mãe ter batido nela. Silvana ficou irritada com uma brincadeira da filha e resolveu com um tapa, filmado pela cantora, que achou a cena bem engraçada. Mas as consequências das atitudes violentas de pais para filhos não tem tanta graça assim: Ludmila é adulta, porém agressões em qualquer pessoa, especialmente crianças, é um papo sério.

Se antes as palmadas eram consideradas normais, hoje a possibilidade de machucar propositalmente uma criança não deve nem ser discutida: a Lei da Palmada, em vigor desde 2014, proíbe o emprego de força física que resulte em sofrimento físico ou lesão para os pequenos. Caso conheça alguém que esteja submetendo a criança a esse tipo de tratamento, as denúncias podem ser feitas aos Conselhos Tutelares, às Polícias Civil e Militar ou por meio do Disque 100. O que não falta são razões para eliminar de vez esse tipo de comportamento de nossas vidas.

Quem agride não educa

“Quem agride uma criança não está trazendo ensinamentos para ela, mas sim temor e medo, sentimentos que acabam se transformando em raiva”, explica Carol Braga, especialista em psicologia infantil e familiar. Quando um episódio como esse acontece, o pequeno se sente impossibilitado de se defender: afinal, um adulto é maior em tamanho, mais forte e tem mais autoridade do que ele. Agredir uma criança tira dela o poder de argumentar, expor seu ponto de vista e ainda a coloca em uma situação de fragilidade e dor física. Tudo isso resulta em uma angústia imensa! Em vez de educar, o adulto que submete uma criança à violência física está sendo autoritário e covarde.

Mas Ludmila tirou a mãe do sério...

Pais sabem bem: de vez em quando, os filhos conseguem tirar qualquer adulto do sério. Principalmente nos casos em que estão teimando com algo que não deve ser feito ou testando seus limites. Se um problema no trabalho ou com a família estiver acontecendo, então... A coisa fica 20 vezes pior! Como, então, não perder a cabeça? “O primeiro passo é compreender que não se deve tomar nenhuma decisão quando perceber que está nervoso ou descompensado”, alerta. Você não pode transferir a responsabilidade das suas reações para a criança. Por isso, busque se acalmar e refletir sobre qual caminho deve ser seguido, sem apelar para as violências física ou verbal (como gritar ou xingá-la).

Dar educação é diferente de intimidar

Disciplina é um assunto delicado porque envolve a medida exata entre autonomia e limites. Dialogar é uma das formas de resolver o conflito: deixe que a criança exponha seus sentimentos e diga o que considera justo e injusto. É importante escutá-la: isso faz com que o pequeno desenvolva segurança para pedir ajuda quando se sentir prejudicado e estabelece um vínculo de confiança com os pais.

Mas, uma vez que os limites foram impostos e ele decide desobedecer a eles, é necessário que entenda as consequências. “Privar a criança por algum tempo de algo que lhe dá prazer, como proibir um brinquedo, também é um recurso que pode ser utilizado”, exemplifica a psicóloga. Por fim, a profissional ressalta que é importante, no processo de educação, exaltar também suas atitudes positivas. Por exemplo: se, ao terminar de brincar, ela levanta e guarda seus brinquedos, pontue por que vale a pena fazer isso, dizendo que da próxima vez em que quiser um determinado objeto, saberá exatamente onde está, por exemplo.