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Não é que o divórcio pode fazer um bem danado?

Fátima Bernardes é a prova de que é possível, sim, ser feliz quando acaba o casamento!

Luciana Bugni Publicado em 02/03/2018, às 18h16 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Depois de um tempo, tudo se ajeita! - Reprodução / Instagram
Depois de um tempo, tudo se ajeita! - Reprodução / Instagram

Já reparou que Fátima Bernardes parece mais bonita agora do que quando estava casada com William Bonner? Hoje com o advogado Túlio Gadêlha, ela vive postando fotos no Instagram dos passeios e viagens que fazem, felizes da vida. E essa alegria toda nos faz constatar que é possível mesmo se reerguer depois de um divórcio (Fátima e Bonner trabalharam juntos por muitos anos e eram, aos olhos do público, uma coisa só). 

Conversamos com a psicóloga especialista em relacionamentos Marina Simas, consultora do Match Group LatAm, que detém, entre outras marcas, o site ParPerfeito, para entender como funciona esse processo de encontro consigo mesma e, posteriormente, com um novo amor. “No caso da Fátima Bernardes, ter vivido uma história perfeita e depois ter desconstruído essa relação, facilitou a nova história. Esse relacionamento com um parceiro diferente a tornou mais jovem na forma de se vestir, de viver e de ousar. É comum isso acontecer. O rompimento faz o casal sair da zona de conforto, da margem de segurança afetiva e sexual construída. Isso gera uma crise em que cada um precisará se reinventar. É uma verdadeira oportunidade para a mudança”, conta a especialista.

O que acontece depois do divórcio?

Marina explica que a pessoa sai da conjugalidade (do “nós”) e foca na individualidade (no “eu”). “Nesse momento, volta a atenção para si. O indivíduo vai buscar novas atividades que tragam prazer e que melhorem também a autoestima, justamente para se fortalecer. Algumas ideias são: começar a praticar alguma atividade física, realizar sessões de massagem, começar um curso, ter aulas de dança, planejar saídas com as amigas e, claro, entrar em sites e apps de relacionamento para conhecer novas pessoas”, ela diz. Todas essas atividades fazem parte do processo de reconstrução da individualidade e podem ser muito positivas. Lógico que não é um processo fácil: no começo da separação, pode parecer que há um vazio. É um processo dolorido, mas que também tem as suas vantagens, principalmente se a relação estava desgastada. Ou seja: está sofrendo agora? Foque na Fátima e acredite: vai passar!

A apresentadora conseguiu se reinventar tendo um desafio ainda mais complicado: “Fátima e Bonner representavam uma imagem idealizada de um casal perfeito, e isso era público. Desconstruir esse modelo de ‘perfeição’ requer muita coragem, mas essa mudança possibilitou a ambos viver de um jeito mais leve e mais espontâneo, além de permitir novas escolhas reais, possíveis e verdadeiras”, afirma Marina.

E o que eu posso fazer para ficar feliz também?

A história da Fátima Bernardes pode mostrar às mulheres que existe uma luz no fim do túnel. “Tudo isso pode deixar claro que elas não precisam viver um relacionamento infeliz e sem qualidade. A relação precisa ser boa para ambos. Se para a mulher o relacionamento não estiver sendo bom, então realmente não serve mais”, conta Marina.

As mulheres que se mantêm economicamente independentes do marido podem ter uma condição mais favorável e segura para optarem por uma separação. Quando dependem do salário dos homens, ficam mais amarradas na relação e é sempre mais difícil se separar por ficarem mais vulneráveis. Se esse é seu objetivo, busque formas de conseguir um equilíbrio emocional e financeiro para não depender mais do outro. Um advogado pode dar conselhos sobre a melhor forma de proceder nessa situação. “É importante ressaltar que, se a mulher não se mantém economicamente, há a possibilidade de ela repetir o mesmo modelo de relacionamento com um próximo parceiro, voltando a depender tanto financeiramente quanto emocionalmente do outro. Por isso, é necessária uma grande mudança pessoal para construir um novo relacionamento com mais qualidade e equilíbrio. O começo pode ser trabalhar fora, por exemplo.”

O mais importante é se sentir bem consigo mesma e fazer o que gosta. Depois disso, procurar um parceiro fica mais fácil, seja saindo com as amigas ou recorrendo à internet. “A pessoa deve se autoanalisar com perguntas como: ‘Eu gosto de ser quem eu sou? Em que posso melhorar? O que quero fazer agora? O que quero viver?’. Quando a mulher está bem consigo mesma, tem mais facilidade em conseguir fazer uma boa escolha e também não precisa de alguém desesperadamente para ser feliz. Sendo assim, o relacionamento acontece porque os dois têm os mesmos valores, gostos e interesses. E, como consequência, tem uma relação mais completa, flexível, alegre, espontânea, autêntica e com boa qualidade”, diz Marina. A psicóloga explica que a paixão não é eterna, por mais que gostaríamos que fosse. “Ter maturidade, criatividade, bom humor, saber lidar com as próprias emoções e investir na construção da relação interfere totalmente na qualidade e durabilidade do relacionamento. O amor é construído dia a dia”, afirma.