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Nossas crianças estão vivendo sob pressão

Muitas atividades, críticas, comparações, exigências... Tudo isso acaba deixando nossos pequenos beeem tensos. O resultado? Crianças estressadas e doentes!

Júlia Arbex Publicado em 03/08/2016, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Nossas crianças estão vivendo sob pressão - Shutterstock
Nossas crianças estão vivendo sob pressão - Shutterstock
Não é só adulto que sofre com estresse. O dia a dia dos pimpolhos está cada vez mais atribulado, e isso não é nada bom. Uma rotina com muitas atividades e exigências pode desencadear problemas, como ansiedade, depressão, dificuldade de aprendizagem e até queda de imunidade. Nelson Ejzenbaum, da Sociedade Brasileira de Pediatria, ajuda você a evitar esse mal em casa.


1 Vá com calma
O sonho de muitos pais é que o filho seja o melhor aluno da sala, o primeiro a ser escolhido para o time de futebol, o mais educado e carinhoso, mas sabemos que não é bem assim. “Se seu filho está na média da turma, não há necessidade de se estressar e cobrar para que ele vá melhor. Caso ele comece a tirar nota baixa, em vez de gritar e trancar ele no quarto para estudar, procure saber os
motivos que o levaram a ir mal”, explica Ejzenbaum. Além disso, o pediatra recomenda não exigir do seu filho aquilo que outra
criança faz. “Cada um tem sua própria capacidade e forçar aquilo que ela não consegue ou não quer fazer pode desgastá-la”, diz o especialista.


2 Repreenda, mas com jeitinho
As crianças erram e desafiam os pais o tempo todo. Só não podemos meter os pés pelas mãos na hora de dar bronca, por exemplo, comparando o filho com outro menino. “Foque no comportamento dele e explique que o que fez não foi certo. Diga que, se aquilo voltar a se repetir, você vai ter que tirar algo de que ele gosta muito”. O pediatra acredita que assim, na base da conversa, o pequeno vai entender. “Não precisa gritar nem agredir. Ensine seu filho com todo respeito possível, sem baixar sua autoestima”, completa.


3 Use o bom senso
De acordo com o especialista, dar tarefas que não são compatíveis com a idade da criança só vai desgastar o relacionamento de vocês. “Discutir com alguém de 4 anos de idade sobre as contas do final do mês e mostrar maneiras de como ela pode contribuir não faz o menor sentido. É preciso ter bom senso!”, diz ele.


4 Segure sua onda!
Além de não bater e não gritar com a criança, evite discutir e falar palavrões na frente dela. “Isso tende a torná-la um adulto estressado”, afirma.


Criança precisa é brincar!
Há quem diga que brincar é uma besteira; que quanto mais cheia de compromissos for a agenda da criança, melhor no futuro. Baita engano! “Quando brincamos e fazemos piada, tudo fica melhor. A criança se desenvolve longe do estresse e se sente estimulada a fazer as obrigações do dia a dia sem reclamar”, esclarece o pediatra. Ainda de acordo com ele, o lúdico faz com que o pequeno
conheça seus limites e potenciais, o ajuda a lidar com as decepções e a aceitar as diferenças.


Obrigações para cada idade
Pra evitar desgastes desnecessários entre você e seu filho, entenda a partir de quando algumas responsabilidades devem ser impostas:

De 2 a 4 anos 
Nessa época, a criança já pode aprender a guardar seus brinquedos. Faça isso de forma lúdica e sem muitos compromissos. Ela
também pode ajudar nas tarefas domésticas, como desligar a televisão e colocar a roupa suja para lavar.

De 4 a 6 anos 
Com essa idade, o baixinho já deve conseguir realizar tarefas, como arrumar seus brinquedos e livros, se trocar sozinho, ajudar a levar as compras de supermercado do carro para dentro de casa e tirar migalhas que caem no chão durante as refeições.

De 7 a 10 anos 
O pequeno deve arrumar a própria cama, organizar a mochila da escola, secar a louça, ajudar a estender e a recolher as roupas do varal,varrer o chão e cuidar do animal de estimação – colocar comida e água, por exemplo.

Dos 11 anos em diante
A partir daqui, a criança já tem capacidade de fazer as tarefas domésticas mais complexas, como ajudar a cuidar dos irmãos, organizar armários e prateleiras, e levar o lixo para fora.