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Você e a garotada: "Ai, os filhos adolescentes..."

A melhor maneira de colocar tudo a limpo é abrir o jogo, expondo as suas suspeitas numa conversa honesta e sincera – de preferência, sem exaltação

Dra. Deborah Moss Publicado em 16/12/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Você e a garotada: "Ai, os filhos adolescentes..." - Shutterstock
Você e a garotada: "Ai, os filhos adolescentes..." - Shutterstock
"Acho que meu filho anda mentindo para mim. Estou pensando em segui-lo. Isso seria considerado invasão de privacidade?”

M. M., por telefone


A mentira é, sem dúvida, uma quebra de confiança. Mesmo assim, seguir seu filho não deveria ser uma opção, pois mantém a linha de traição: algo feito escondido, literalmente pelas costas. E eu acredito que um erro não justifica o outro. Mais do que a educação e os valores que nos esforçamos em transmitir para os nossos filhos no dia a dia, são nossas atitudes (e de outros familiares) os principais legados a serem deixados como herança para a próxima geração. Essa situação é uma grande oportunidade de mostrar ao seu filho como você age frente a um cenário de desconfiança e preocupação: enfrentando o problema diretamente, procurando ir fundo nele. A sua desconfiança provavelmente está pautada em algumas evidências. Então, a melhor maneira de colocar tudo a limpo é abrir o jogo com ele, expondo as suas suspeitas numa conversa honesta e sincera – de preferência, sem exaltação. Tente não acusá-lo logo de cara, isso pode deixá-lo na defensiva. Esforce-se para estabelecer um canal aberto de comunicação para que ele se sinta seguro em admitir possíveis erros que tenha cometido. A adolescência é uma fase de descobertas e experimentações, e o principal desafio dos pais é impor limites e orientá-los. Por outro lado, é nosso dever promover um ambiente em que ele possa ser acolhido em suas questões e conflitos. Se, porventura, a situação estiver fora do seu controle e, sem condições de diálogo, um profissional deve ser consultado.


A privacidade
O jovem deve ter seu próprio espaço, onde possa refletir e pensar. E o quarto, geralmente, assume esse papel. Lá, ele se sente seguro e protegido. É importante que a família respeite tal necessidade.


Os pais devem conversar com os filhos, mostrando interesse por sua vida. Pergunte sobre os amigos, crie oportunidade pra conhecer os colegas da turma, assim como os pais dos amigos.



Dra. Deborah Moss - neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do
desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.



Envie suas perguntas para Dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br