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Você e a garotada: Alimentação sem docinhos

A criação dos filhos é de inteira responsabilidade dos pais e isso inclui a educação alimentar

Dra. Deborah Moss Publicado em 04/08/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Você e a garotada: Alimentação sem docinhos - Shutterstock
Você e a garotada: Alimentação sem docinhos - Shutterstock
"Decidimos que só vamos dar doce para a nossa filha quando não pudermos mais segurar. Aos trancos e barrancos estamos conseguindo, mas a pressão é grande. Como dizer que é assim que queremos criá-la?”

R. L., por e-mail


O doce está associado ao afeto. Presenteamos as pessoas de que gostamos com chocolate e oferecemos um bolo quando alguém vai à nossa casa. Usamos a palavra para expressar coisas boas ou definir o jeito afetivo de alguém. Então, o gesto de oferecer um doce a uma criança pode ter um significado muito maior: amor e carinho. Mas elas ainda estão testando o paladar e não são exigentes nesse sentido, ou seja, podem muito bem tomar um suco cítrico sem açúcar e nem estranhar o gosto azedo. Como ainda não têm
referências, é assim e pronto. Vocês já tomaram a decisão e, pelo jeito, isso não está aberto à discussão. Portanto, a regra deve ser acatada, mesmo por quem não concorda. Por outro lado, tanto você quanto o seu marido precisam estar cientes de que sofrerão muitas críticas. Não há como impedir os comentários, e o recomendado é evitar o confronto e conflitos frente a esse impasse. Todo
mundo tem o direito de concordar ou discordar sobre o assunto, e para evitar brigas, tenha paciência e filtre o que for relevante pra vocês. Também devem ter claro que levarão adiante essa restrição “até que não dê para segurar“, imaginando que, provavelmente, chegará o momento em que a sua filha manifestará vontade pelos doces. Quando depararem com isso, caberá também a vocês
estabelecerem os limites para o consumo. A criação dos filhos é de inteira responsabilidade dos pais e isso inclui a educação alimentar.



O doce está intimamente associado ao afeto. Presenteamos as pessoas de que gostamos com chocolate e oferecemos um bolo quando alguém visita a nossa casa...


É difícil parar no primeiro brigadeiro, e é esta a questão. O excesso de açúcar pode causar problemas de saúde ainda na infância,
como cáries e obesidade infantil.



Dra. Deborah Moss neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.



Envie suas perguntas para dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br