A adolescência não é uma fase fácil, nem para os jovens, muito menos para os pais. Sua filha cresceu, tem vontades e está desenvolvendo um jeito próprio de ser, mas ela continua sob seu controle. Você pode interferir na roupa que ela usa ou com quem
sai, se achar que deve – por mais que, nessa idade, ela já faça as suas escolhas. Lembrando que como menor de idade, ela ainda está sob sua responsabilidade, o que quer dizer que precisa respeitar regras e limites. O diálogo é sempre a primeira e melhor opção. Inclua na conversa o pai ou outro familiar. Transmita a ela o seu ponto de vista. Procure expressar os seus sentimentos e preocupações de maneira sincera e afetiva. Permita que sua filha exponha também a própria opinião e percepção frente a tudo isso. Talvez seja possível, com conversa e acolhimento, que outras questões e conflitos sejam expostos e que possa haver um entendimento maior das dificuldades que ela possa estar enfrentando nesse momento. Assim, você terá como ajudá-la de um jeito mais efetivo, indo além do que está sendo apresentado com esses comportamentos. Caso o diálogo não seja possível, as regras e limites terão de ser respeitados, nem que seja de modo impositivo. Se achar que precisa de ajuda, não hesite em buscá-la. O que está em jogo é a segurança e o bem-estar dela. Se você avalia que tais comportamentos podem colocá-la em situações de risco, a prioridade é reverter o quadro, independentemente se de maneira pacífica ou bélica.
As roupas dela são mesmo inapropriadas ou só não atendem à sua expectativa? Se este for o caso, a questão é estilo, lembrando que gosto não se discute... apenas se lamenta!
Dra. Deborah Moss: neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do
desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.