AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

Você e a garotada: Já pode passar a noite fora?

O que deve ser levado em conta é o momento

Dra. Deborah Moss Publicado em 09/11/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Você e a garotada: Já pode passar a noite fora? - Shutterstock
Você e a garotada: Já pode passar a noite fora? - Shutterstock
Minha filha tem 6 anos e pediu pra dormir na casa de uma amiguinha. Elas sempre ficam uma na casa da outra, mas nunca dormiram fora. Acho ainda muito cedo...”


Será que existe mesmo um momento certo pra tudo? Qual a hora certa de tirar a chupeta e a mamadeira, de sair do berço, de entrar na escola, de andar sozinha na rua, de namorar...? O que deve ser levado em conta é o momento. Se a sua filha está se sentindo segura para dormir na casa da amiga e a iniciativa partiu dela, sem pressões e sem exigências, qual é o risco? O máximo que pode
acontecer é você ter de buscá-la no meio da noite e, juntas, concluírem que valeu a tentativa, mas que ela ainda precisa de mais tempo para se sentir confiante e ficar uma noite inteira longe dos pais. Se der certo, melhor ainda! Ela se sentirá orgulhosa de ter vivido a primeira experiência de dormir na casa de uma amiguinha. O importante é que vocês tenham uma relação de confiança com os pais da outra menina e se sintam seguros em permitir que ela passe a noite na casa deles. Outro fator relevante é se eles aceitam receber a sua filha, levando em conta tudo o que pode acontecer nessa primeira experiência – terem de acordar no meio da noite ou até consolar a própria filha caso a amiga queira ir embora. Talvez essa seja a primeira vivência de desprendimento da sua menina. E são nesses momentos que os pais tomam consciência de que o seu “bebê” cresceu e que já tem vontades e iniciativas próprias. Deixar os filhos crescerem gera insegurança, mas cuidado com a superproteção. Você pode privá-la de vivências significativas. É importante para o desenvolvimento deixá-la enfrentar situações desafiadoras.



Com 6 anos, a criança já tem autonomia para se alimentar, cuidar da própria higiene e se comunicar plenamente. Isso permite que ela expresse suas necessidades e se vire com as tarefas do dia a dia sem precisar de ajuda.


Dra. Deborah Moss: Neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil, e mestre em psicologia do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.



Envie suas perguntas para dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br