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Você e a garotada: Você vai ficar de castigo!

Muitos especialistas não gostam de usar o termo castigo – mas a nomenclatura pouco importa –, o que vale é: independentemente da idade, os nossos atos implicam em consequências

Deborah Moss Publicado em 15/05/2017, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Você e a garotada: Você vai ficar de castigo! - iStock
Você e a garotada: Você vai ficar de castigo! - iStock
"Meus filhos têm 5, 8 e 12 anos e gostaria de saber qual a punição mais indicada para cada idade?”

N. C., por e-mail


Muitos especialistas não gostam de usar o termo castigo – mas a nomenclatura pouco importa –, o que vale é: independentemente
da idade, os nossos atos implicam em consequências. Logo, crianças e adolescentes precisam reconhecer (e assumir!) os seus erros. E seria bem melhor que essas primeiras vivências de punição por atitudes negativas acontecessem dentro de casa, em um ambiente controlado, cercado de afeto, diálogo e limites. Afinal, no mundo lá fora ninguém será tolerante com os erros alheios! Porém, o
corretivo só deve entrar em cena após frustradas tentativas de resolver os problemas com diálogo. No entanto, a punição não vale para todas as idades. A criança já precisa ter noção de causa e consequência e um certo controle de seus atos. Aos 5 anos isso já é possível, porém, o castigo deve ser resultado do erro. Exemplo: ela estava brincando, ficou brava e jogou as peças longe. Como pena, deverá parar de brincar, sofrendo as consequência de suas ações. No entanto, os pais precisam manter essa decisão ou a lei de casa se tornará frágil. As punições devem ser acompanhadas de justificativas, pois os filhos precisam entender o motivo do castigo. Já para crianças mais velhas e adolescentes, a penalidade deve reparar o erro e auxiliar na reflexão e autocrítica de suas atitudes. Para evitar chegar na correção, deixe as regras claras e combinadas. Foque nos pontos mais críticos dos conflitos atuais e antecipe os problemas antes de culminarem em erros. Ah, e reforce positivamente os esforços de cada um, as conquistas e as boas mudanças de comportamento.


Que tal inverter a lógica? Ou seja, em vez de castigos, incentivar conquistas por meio dos bons comportamentos? Dar a senha do wi-fi se a criança ou adolescente cumprir as tarefas do dia ou liberar o vídeo game depois das tarefas escolares.


Para evitar que seja necessário aplicar uma determinada punição, deixe as regras muito claras e combinadas com todos dentro da casa


Deborah Moss: neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, no Canadá.


Envie suas perguntas para Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br