5 fake news sobre
alcoolismo

No mês de fevereiro é comemorado o Dia Nacional
de Combate ao Alcoolismo. Por isso, AnaMaria
Digital buscou os principais mitos que envolvem a
dependência alcoólica. 

Arthur Guerra, presidente executivo do Centro de
Informações sobre Saúde e Álcool, explica que ainda
temos um forte estigma social envolvendo o
alcoolismo e problemas com o consumo de álcool
em geral.

"Falar mais sobre o assunto, esclarecendo as fake
news e ampliando o diálogo e a conscientização da
população a respeito do tema, é uma medida
importante para começar a mudar essa realidade”,
diz. 

Veja quais são os principais mitos sobre o assunto!

1. ALCOOLISMO NÃO É DOENÇA!
A dependência de álcool, conhecida popularmente
como alcoolismo, é uma doença crônica, que tem
diversos fatores envolvidos no seu
desenvolvimento.

Isso inclui: a quantidade e frequência de uso do
álcool, a condição de saúde do indivíduo, fatores
genéticos, psicossociais e ambientais. Mas, vale
lembrar que tem tratamento.

2. POSSO PARAR DE BEBER QUANDO EU QUISER
Quem sofre de dependência não costuma
reconhecer a doença e acredita que pode parar de
beber sozinho, o que pode gerar frustração. 

Por isso, família e amigos têm um papel importante
na identificação desse problema, além da
motivação no início e a permanência no
tratamento. 

Buscar a ajuda de um profissional da área da saúde
é o mais adequado.

3. BASTA TER FORÇA DE VONTADE PARA PARAR!
Equivocadamente, é associado aos alcoolistas a falsa
percepção de que tais pessoas têm falta de caráter e
falta de força de vontade para cessar o consumo de
bebidas. 

Tudo isso leva a um sentimento de culpa e
vergonha, o que dificulta tanto o falar abertamente
quanto a busca pelo tratamento certo. 

4. UMA VEZ ALCOÓLATRA, SEMPRE ALCOÓLATRA
Primeiro que o termo “alcoólatra” não deve mais
ser usado porque é pejorativo. O mais indicado é
dependente de álcool ou alcoolista. 

Vale reforçar que a dependência de álcool tem
tratamentos, como farmacológico, psicoterapia,
grupos de ajuda-mútua e até hospitalização (para
casos mais graves).

Para alguns pacientes, é recomendável a prática de
atividades físicas ou que sejam antagônicas ao uso
de álcool. O importante é que este tratamento seja
individualizado e humanizado. 

5. A RECAÍDA É A PROVA DE QUE NÃO HÁ SOLUÇÃO 
A recaída é contemplada pelo tratamento e, quando
acontece, o paciente não deve se sentir
envergonhado ou fracassado. 

Ela deve ser vista como uma oportunidade para
aprender sobre as dificuldades e gatilhos. 

Além disso, a recaída é a oportunidade de reavaliar
as estratégias terapêuticas, mas nunca como razão
para desistir do tratamento.

Vale lembrar que, ao reconhecer que o consumo de
álcool está interferindo negativamente na saúde
física, na rotina ou nas relações pessoais, é hora de
buscar ajuda com profissionais de saúde.

Não buscar ajuda pode agravar os problemas de
saúde. Por isso, há apoio e tratamentos gratuitos no
Brasil, como os Centros de Atenção Psicossocial –
Álcool e Drogas e os Alcoólicos Anônimos (A.A.).

TEXTO: Ana Mota
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Caroline Duarte 
SUPERVISÃO: Vitor Balciunas 
CRÉDITOS: Tenor e Unsplash