Infelizmente, a grande maioria dos tutores deposita nos cães uma necessidade humana e pessoal: o banho diário.
Colunista da Revista AnaMaria, Marcela Barbieri Boroa afirma que os cães não precisam tomar banho, exceto os que estão passando por algum tratamento específico de pele.
Isso porque o banho frequente remove a barreira de proteção natural da pele e pode trazer diversas dermatopatias ao pet.
O problema é que os humanos se esquecem da natureza do animal, uma vez que um cão de vida livre não tomaria banho toda semana ou todo mês.
Como nós domesticamos a espécie, os cães não só habitam nossa casa como também sobem no sofá, cama... Por isso, o tutor passou a enxergar o banho como prioridade.
As justificativas são várias, como o cheiro ruim e o acúmulo de sujeira das patas e partes íntimas.
Com relação ao cheiro, é relativo. Um cão não é para ter aroma perfumado. Ele precisa ter cheiro de cão, que não é fedido se ele estiver com a pele saudável, só não é perfumado como o tutor deseja.
Banhos frequentes e predisposição a problemas de pele podem fazer o pet exalar odor ruim. Sim, uma coisa leva à outra, até atingir esse ciclo que faz bastante mal para ele.
Sobre a limpeza das patinhas e partes íntimas, é possível realizar sem precisar submeter o animal ao banho. Lenços umedecidos hipoalergênicos próprios para a espécie e sem cheiros podem ser usados.
Nos cães de raças peludas, a escovação diária ajuda a manter a pelagem limpa - também pode ser feito um manejo com tosa higiênica nas patas e partes íntimas para postergar o máximo possível o banho.
QUANDO O BANHO É INDICADO?
Quando o cão estiver realmente sujo por ter rolado na lama, fezes, tinta... Caso contrário, não existe real necessidade.
Se, mesmo assim, você ainda está desconfortável em não dar banho no animal, Marcela sugere que, pelo menos, dê um intervalo de um mês entre um banho e outro no seu pet.
TEXTO: Ana Mota
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Vinicius Lopes
CRÉDITOS: Unsplash e Tenor