Cirurgia plástica para
quem teve câncer de mama

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que,
para cada ano do triênio 2020/2022, sejam
diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de
câncer de mama.

Para quem enfrentou a doença, outra batalha
aconteceu: o resgate à autoestima, especialmente
de mulheres que tiveram perda total ou parcial das
mamas. 

E, o que poucos sabem, é que a cirurgia plástica
surgiu para corrigir deformidades que traziam
prejuízos funcionais e, em menor escala, estéticos.

Foi aí que ela nasceu como cirurgia reparadora.

Valéria Destéfani, cirurgiã plástica, enfatiza que
esse assunto é importante e necessita ser falado
tanto pela prevenção, tratamento e o momento
após a intervenção. 

"Muitas mulheres chegam ao consultório com zero
autoestima. Todo o processo e as consequências do
tratamento mexem tanto com o físico quanto com a
saúde mental", diz a médica.

Valéria completa que poder devolver a essas
pacientes a vontade de voltar a se olhar no espelho
é uma questão de qualidade de vida.

A psicóloga, coach e terapeuta comportamental,
Simone Rosa, também discorre sobre a importância
de cuidar da mente e, assim, resgatar o ânimo, a
aceitação e o amor-próprio.

DO PONTO DE VISTA MÉDICO

O câncer de mama é devastador na vida de uma
mulher. Pensar na possibilidade de viver sem um
órgão tão importante para a feminilidade
compromete (e muito) a autoestima.

Do ponto de vista da saúde mental de quem precisa
retirar as mamas, a cirurgia reparadora pode ser
primordial. 

O procedimento também coloca novamente a
mulher no status de feminina, elevando sua
autoestima e devolvendo a alegria de viver para
quem já passou por momentos tão difíceis.

Mesmo com todo o desgaste que é a reconstrução
da mama, sem dúvida, ao final do tratamento,
todas as pacientes se tornam mais confiantes,
alegres e seguras de si.

DO PONTO DE VISTA PSICOLÓGICO

Partindo do princípio de que o seio tem um
significado de poder, força e feminilidade, tê-lo
reconstruído favorece o fortalecimento da
autoconfiança e a autoestima.

TEXTO: Karla Precioso
REVISÃO: Juliana Ribeiro/ Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Caroline Duarte 
CRÉDITOS: Tenor e Unsplash