Grande parte dos trabalhadores viu sua rotina com a jornada de trabalho mudar totalmente com a covid-19. Fomos obrigados a passar todo o tempo possível em casa, tornando o lar um local de trabalho.
Além da disciplina e concentração, que nem sempre são fáceis no home office, o fato de fazermos menos movimentos e passarmos longos períodos sentados pode refletir na saúde do nosso corpo.
Segundo o médico vascular Gustavo Marcatto, a tendência é permanecer longos períodos sentados, o que não é nada saudável para o sistema circulatório.
Antes da pandemia, quando todos saímos de casa, naturalmente nos movimentávamos mais, seja com o deslocamento do lar até o trabalho, as atividades diárias dentro da empresa ou as saídas para almoço.
'Agora passamos muito tempo parados, sentados. E aí está o problema já que a circulação de retorno sofre para acontecer e, com isso, os riscos de um quadro de trombose são elevados', alerta.
Ainda de acordo com Marcatto, outro ponto importante é que no home office as pessoas acabam ingerindo menos água do que seria o ideal, aumentando o risco para o desenvolvimento da trombose.
MAS O QUE FAZER?
Para evitar desenvolver esse grave problema circulatório, bastam algumas medidas e simples mudanças de hábitos enquanto estiver trabalhando.
A primeira coisa é sempre se movimentar durante a jornada de trabalho. O ideal é programar o despertador do celular, de preferência a cada duas horas, para levantar e caminhar pelo ambiente.
Outra dica importante, e que serve para o bom funcionamento de todo o organismo, é sobre a água. É essencial que a pessoa aumente a quantidade de água ingerida durante o dia, sendo no mínimo 2,5 litros.
Por último, também é necessário utilizar um suporte para apoiar os pés enquanto estiver sentado.
De vez em quando, levante os pés do suporte e balance as pernas, alongue, faça exercícios que movimentem os membros inferiores, ajudando assim a circulação de retorno acontecer.
Vale lembrar que quem tem risco adicional, quadro de hereditariedade ou já teve trombose, deve procurar o médico para fazer sempre um acompanhamento.
TEXTO: Juliana Ribeiro
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Vinicius Lopes
CRÉDITOS: Unsplash, Pixabay e Tenor