Você é daquelas pessoas que está sempre com fome? Saiba que isso talvez seja algum problema emocional.
De acordo com uma pesquisa da Diet & Health Under Covid-19, os brasileiros estão em primeiro lugar entre os que mais acreditam ter engordado na pandemia.
Esse aumento de peso se deve, em grande parte, aos transtornos alimentares gerados ou agravados ao longo da pandemia.
O comer emocional está associado ao nosso humor. Assim, a pessoa não come porque está com fome, mas para satisfazer as necessidades emocionais.
Para Flávia Teixeira, especialista em Transtornos Alimentares pela USP, comer sem sentir fome ou sem prestar atenção no alimento é um hábito muito comum.
Isso porque é um mecanismo de enfrentamento às emoções indesejadas, principalmente nos estados de ansiedade. Existem algumas razões por trás deste comportamento. Veja!
DIFICULDADE EM LIDAR COM AS EMOÇÕES: a psicóloga explica que é necessário entrar em contato com os sentimentos. Um bom manejo emocional ajuda a diminuir os níveis de angústia e tensão.
Por isso, não lide com suas emoções de maneira solitária. Faça terapia e converse com amigos ou familiares.
PSEUDO AUTOCONTROLE: tentar controlar a vontade de comer pode ser um tiro no pé e levar à compulsão, comendo grandes quantidades de comida em um espaço muito pequeno de tempo.
Ou pior: não parar de comer, mesmo já tendo a sensação de saciedade. Aí, os alimentos ricos em açúcar e carboidratos são os mais procurados, pois oferecem a sensação rápida de prazer.
FOME FISIOLÓGICA X FOME EMOCIONAL: A segunda aparece de repente e com uma intensidade tão alta que é difícil resistir e diferenciar da fome física. Por isso, reconheça os sinais.
Na fome emocional, a alimentação acontece no 'modo automático', sem que a pessoa esteja ciente do tempo ou das quantidades que está ingerindo.
Além disso, a pessoa sentirá vontade de um tipo específico de comida ou refeição, quase sempre alimentos gordurosos ou com açúcar.
Mas mesmo comendo o que se deseja, não haverá a sensação de saciedade e sim de culpa, arrependimento ou vergonha.
Identificada a fome emocional e os sinais de que a ansiedade é o motivo do ataque compulsivo à comida, busque ajuda profissional para um tratamento adequado, orienta Flávia.
TEXTO: Ana Mota
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Vinicius Lopes
CRÉDITOS: Unsplash e Tenor