Gravidez x Covid:
 
Entenda os riscos


No Brasil, ao menos 1.461 mil grávidas já perderam
a vida para o coronavírus, segundo dados do
Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19 (OOBr
Covid-19).

Mas o número pode ser bem maior. Com as altas
nos casos de infecção e a variante brasileira P.1
como cepa prevalente, diversos bebês estão
nascendo prematuramente.

Em abril de 2021, o Ministério da Saúde sugeriu que
os casais postergassem, se possível, os planos de
uma gravidez.

Um estudo do Reino Unido constatou que a infecção
de grávidas pelo coronavírus às vésperas do
nascimento pode aumentar as chances de partos
prematuros e natimortos, embora os riscos sejam
baixos.

Essa pesquisa deve encorajar as gestantes a se
vacinarem. A ginecologista e obstetra Elis Nogueira,
membro da Federação Brasileira das Sociedades de
Ginecologia e Obstetrícia, explica o assunto.

Para ela, é aconselhável adiar o sonho da gestação,
ainda que os exames estejam em dia.
Ela recomenda aguardar a pandemia estar sob
controle ou a vacinação completa da paciente.

Isso porque uma infecção pelo coronavírus pode
acarretar em problemas na gravidez. Por isso,
é essencial o pré-natal, uso de máscara,
distanciamento social e uma rotina saudável.

Para as mulheres que estão no limite da fertilidade
e não podem adiar o sonho por causa da idade, é
fundamental realizar um pré-natal minucioso e
cauteloso.

Cerca de 80% a 85% das grávidas ou puérperas
com coronavírus ou outras doenças de risco
apresentam sintomas leves. Os 15% ou 20%
restantes podem enfrentar riscos, como um parto
prematuro.

Vacina é importante! Estudos mostram que os
imunizantes contra a Covid-19 são seguros e eficazes
para a mamãe e o bebê, que também fica imunizado.

O aleitamento materno continua sendo essencial
para a criança. Estudos indicam que não há
contaminação do bebê caso a mãe esteja infectada.
Mas os cuidados devem ser redobrados.

Diante das várias transformações físicas e psíquicas
da maternidade, é importante ter uma rede de
apoio, sobretudo para a mulher não sentir a
impossibilidade de um maior compartilhamento do
momento.

"Fuja do estresse e da ansiedade. Troque
experiências e busque terapia. A ajuda e
participação dos parceiros e da família continuam
sendo muito, muito importantes”, ressalta Elis.

TEXTO: Ana Mota
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Caroline Duarte 
CRÉDITOS: Unsplash e Tenor.