Quem nunca conheceu alguém que teve problemas
pessoais? O cantor brega Falcão, nome artístico de
Marcondes Falcão Maia, que o diga!
Aos 64 anos, o artista destaca a importância de
oferecer uma palavra amiga às pessoas próximas,
principalmente durante a 3ª idade.
Apesar de os dados da OMS (Organização Mundial
da Saúde) indicarem aumento no número da
depressão entre jovens, não dá para esquecer das
pessoas de idade mais avançada.
Falcão conta que, durante o período de quarentena
para a prevenção de novos casos da covid-19,
teve a ajuda da esposa e de suas cunhadas para
não “pirar” com as mudanças repentinas.
Ele confessa que chegou a ter um período de
tristeza, mas ressalta ter sido passageiro.
“No meu caso não foi tão grave, porque eu já tenho
a natureza de ser sempre muito alegre e firme no
pensamento positivo”, conta ele à AnaMaria Digital.
Assim, o artista explica o motivo de ter se juntado à
campanha do Setembro Amarelo para o mês de
prevenção ao suicídio e cuidados com a saúde mental.
“Naturalmente, o indivíduo mais velho se sente
mais desalentado, triste por não ter aquela força
física e psicológica para reagir a determinadas
coisas", diz.
E Falcão continua: "Pode se sentir triste porque
perdeu amigos, familiares ou alguma coisa na vida,
e temos que dar toda essa força.”
Ele diz que é importante estar sempre junto,
para ver o que está se passando, já que a maioria
dos idosos é introspectivo e não conversa sobre
como está se sentindo.
O cantor ainda pede aos jovens que passem por um
período assim, para conversarem com os mais
velhos, que aí vem o conselho a partir da
experiência de vida. “A palavra é ajuda mútua”, diz.
Para ele, campanhas do tipo são essenciais para a
ajuda de cidadão para cidadão, sem precisar esperar
manifestações governamentais serem feitas.
Falcão lembra ainda que a depressão é uma das
coisas menos acreditadas do ponto de vista do
doente. “Quem está com problemas ou tristeza,
geralmente as pessoas não acreditam", afirma.
TEXTO: Ives Ferro
REVISÃO: Juliana Ribeiro/ Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Caroline Duarte
CRÉDITOS: Unsplash, Tenor e Instagram/@falcaomaia