Responsável pela felicidade, amor e empatia nos
seres humanos, a ocitocina atua em tudo aquilo
relacionado ao contato social, que, por conta do
isolamento, está em falta na pandemia.
Mas, será que há uma maneira de produzi-la com
mais frequência? É possível suplementar de alguma
forma? E quais são os sintomas de sua ausência no
corpo?
Fabiane Berta, médica com especialização em
ginecologia endócrina, explica tudo a respeito do
hormônio do amor e da felicidade. Confira!
O QUE É:
Com a pandemia da covid-19, o número de casos de
depressão, ansiedade e síndrome do pânico
aumentou consideravelmente, atingindo índices
alarmantes.
Normalmente, o que equilibra o bem-estar do ser
humano é o hormônio do amor e da felicidade, a
ocitocina, produzida por meio de contato social,
afeto e abraços.
Logo, com o isolamento social, fomos obrigados a
abrir mão disso tudo para nos mantermos longe do
vírus. Desta forma, tivemos uma baixa muito grande
do hormônio.
Estudos afirmam que o amor e as ligações sociais
servem para facilitar a reprodução, nos dar um
senso de segurança e reduzir a ansiedade e o
estresse.
TERAPIA AUXILIAR: A ocitocina, hoje, é conhecida pela
terapia auxiliar do abortamento incompleto,
inevitável ou retido, além dos benefícios pós-parto,
prevenindo o sangramento excessivo.
Mas, além disso, pode ajudar o ser humano com a
reposição de um hormônio no controle das
emoções, afetividade e empatia.
Tem funções como prevenir doenças cardíaca e
vascular, acelerar a cicatrização, aumentar o prazer
no orgasmo, além de estimular o impulso sexual,
comportamento e sentimentos afetuosos.
Também é responsável por relaxar os músculos,
reduzir a dor e estimular o anabolismo e
catabolismo.
EM BAIXA
Quando a ocitocina está em baixa costuma causar
palidez, olhos secos, baixa nas expressões
emocionais, diminuição de libido, da capacidade de
ejacular e de orgasmo da mulher.
Além de distúrbios do sono, falta de lubrificação da
glande durante o sexo, ausência de sorrisos,
obesidade, dores musculares, incapacidade de
amamentar, ansiedade excessiva e medo.
A atividade do hormônio diminui com o avançar da
idade nas áreas centrais do cérebro importantes
para as emoções, tornando a necessidade de
suplementação progressivamente.
Para essa suplementação, existem as opções
injetáveis, nasais, orais e implante. Neste caso,
vale procurar a orientação de seu médico.
TEXTO: Karla Precioso
REVISÃO: Ana Mota/Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Caroline Duarte
CRÉDITOS: Tenor, Pixabay e Unsplash