Por que queremos

doces após o almoço? 


Quem aí sofre com aquela “larica” por doces depois
de almoçar? Saiba que isso não é apenas impressão,
pois realmente a compulsão por alimentos açucarados
aumenta neste período do dia.


Existem algumas explicações fisiológicas para este
desejo, mas nada que possa se transformar em uma
desculpa para você sair da dieta todos os dias. 


A nutricionista Nathalia Escudeiro é quem vai ajudar na
missão de controlar essa vontade excessiva por doces.


Segundo ela, leva um tempo para que os hormônios e
neurotransmissores liberados na corrente sanguínea
alcancem o cérebro durante o processo de digestão.


Algumas dessas substâncias têm o papel de sinalizar
para o corpo (cérebro) que o indivíduo está se
alimentando, mas não é uma ação instantânea. 


Logo, se comemos muito rápido, corremos o risco de
terminar a refeição sem que os hormônios e
neurotransmissores tenham desempenhado suas funções. 


Outro ponto muito importante é a composição da sua
refeição. Naturalmente, a glicose é um dos nutrientes
mais requisitados e utilizados pelo nosso corpo para
geração de energia. 


É importante que o grupo alimentar dos carboidratos faça
parte da sua refeição de almoço e jantar, já que estes são
as fontes principais de glicose.


Quando você não consome carboidratos, é comum que seu
corpo peça por glicose, por isso a vontade de doce - açúcar -,
que fornecerá rapidamente a glicose que o corpo tanto
precisa. 

ADAPTAÇÕES NO CARDÁPIO


Carnes, gorduras e verduras também fornecem glicose ao
longo do processo digestivo, porém é um caminho mais
longo. 


Então, se você costuma cortar carboidratos sem orientação
profissional, se atente a este sinal de "vontade de doce",
pois talvez seja necessário fazer algumas adaptações no
seu cardápio.


Independentemente da razão que te leva a ter a vontade
de comer um docinho, saiba que é possível se manter no
controle da situação. Pensando nisso, separamos algumas
dicas coringas. 


Coma devagar e tenha atenção plena durante as refeições,
proporcionando o tempo necessário para que os hormônios
e neurotransmissores sinalizem para o seu cérebro que você
está comendo.


Faça trocas inteligentes e busque alternativas menos
prejudiciais, como chocolates com maior quantidade
de cacau ou pastas de castanhas e amendoim. 


Use a combinação de frutas com alguma "guloseima". Isso
pode ser uma boa estratégia para aumentar o tempo de
mastigação, dando espaço para que o cérebro entenda que
seu corpo está recebendo glicose. 


Não tenha doces! Se você tiver opções não muito
saudáveis, todas as vezes que surgir esta vontade por
doces, certamente acabará consumindo. Então, mantenha
fora de alcance e não se auto sabote.

TEXTO: Juliana Ribeiro
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Vitória Gomes Nogueira
CRÉDITOS: Unsplash, Tenor e Pixabay