Queda na 3ª idade:
veja como prevenir

Recentemente, o ator Lima Duarte, de 91 anos, deixou
os fãs bem preocupados ao revelar que sofreu um
acidente doméstico e caiu. O mesmo aconteceu com
Ana Maria Braga, de 72 anos. 

Segundo dados do Into (Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia), quedas de idosos são
comuns. Estima-se que ocorra uma para cada três
indivíduos com mais de 65 anos. 

É preciso ficar atento, porém, pois alguns casos
podem ocasionar quadros graves, como fraturas.
A atenção deve ser redobrada quando se trata do
fêmur, osso mais forte e extenso do corpo.

O geriatra Natan Chehter, membro da Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia e do Hospital
Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que a
queda pode ter consequências muito negativas. 

"A situação se complica quando é necessário que o
reparo seja feito por meio de cirurgia, limitando
muito a qualidade de vida do paciente”, diz. 

Outro ponto destacado é que o paciente, depois da
queda e de ser submetido a cirurgia do fêmur,
precisará de reabilitação e fisioterapia, além do uso
de bengala ou andador. 

É necessário atenção até mesmo com os hematomas.
Segundo o especialista, alguns casos podem levar a
sangramentos dentro da barriga, do pulmão e da
cabeça. 

Inclusive, um dos mais temidos pelos médicos é o
sangramento que ocorre no cérebro, o chamado
'trauma cranioencefálico'. 

“Por este motivo, é sempre muito importante que
essa pessoa seja atendida com urgência e que
receba o diagnóstico o mais precocemente possível
depois de ter tido uma fratura ", orienta. 

Além disso, muitos traumas não são apenas físicos,
mas também psicológicos para o idoso, que pode
optar por se isolar, levando a mudanças em seu
estilo de vida. 

CAUSAS: o geriatra divide as quedas em idosos
entre fatores intrínsecos (do paciente), e
extrínsecos (do ambiente). 

Os intrínsecos são dificuldade de caminhar, dor
articular, limitação do movimento, o uso inadequado
de uma bengala, um sapato mal ajustado ou
remédios.

Já os extrínsecos são obstáculos do ambiente, como
degrau, tapete, piso molhado ou fios pela casa. 

É POSSÍVEL EVITAR: inicialmente, remova os possíveis
obstáculos dentro de casa, aqueles que atrapalham
a circulação, sabe? Como banquinhos, mesas
pequenas e tapetes. 

Evite piso molhado e instale antiderrapantes e barras
de apoio. Deixe os ambientes bem iluminados e
retire os fios soltos. Isso deixará a casa mais segura. 

Além disso, o idoso precisa estar com as medicações
adequadas, uma vez que elas não devem causar
efeitos colaterais, como tonturas. Vale também se
atentar a pressão arterial, visão e audição. 

Lembre-se que o idoso fisicamente inativo tem a
musculatura fraca ou mobilidade afetada. Portanto,
o ideal é passar por um preparo físico já que, neste
caso, ganhar massa muscular é importante.

TEXTO: Juliana Ribeiro
REVISÃO: Ana Mota/Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Caroline Duarte 
CRÉDITOS: Tenor, Unsplash, Pixabay e 
Instagram/ @limaduarte