obesidade infantil e a covid-19
Os números da obesidade infantil se mostram alarmantes
no mundo. O problema é causado por mudanças na
alimentação, na diminuição da atividade física e na
qualidade do sono das crianças.
Esses fatores facilitam o ganho de peso e suas possíveis
comorbidades, além de contribuírem para distúrbios
comportamentais como ansiedade, depressão, agitação
e irritabilidade.
Isso mais do que demonstra a estreita relação
entre alimentação e comportamento.
De acordo com a pediatra e colunista de AnaMaria, Renata
Aniceto, o lado positivo é que a covid-19 atinge crianças e
adolescentes com menor frequência e menos gravidade.
Ela explica que crianças apresentam menor expressão de
uma enzima específica do que adultos. Isso torna o processo
de internalização do vírus menos eficiente e pode gerar
uma imunidade treinada eficaz.
A obesidade infantil, porém, é um fator de risco para a covid-
19. Estudos realizados no Canadá e Estados Unidos relatam a
obesidade em casos de internação em UTI e graves em
crianças e adolescentes.
O isolamento social pode ter o efeito de causar ou agravar a
obesidade e suas comorbidades. Assim, os pais devem estar
cientes desse problema e reconhecê-lo como um fator de
gravidade para a saúde.
Desejar a mudança é fundamental. Para te ajudar, a
pediatra recomenda dar um passo de cada vez.
O primeiro deles é reconhecer o estilo de vida dos pais
e alinhar com o proposto para os filhos. É preciso dar o
exemplo!
É necessário manter em casa apenas alimentos que
podem ser consumidos sem preocupação. Isso inclui:
comida de verdade, como alimentos frescos do hortifruti
em quantidade moderada ou grande.
Evite também alimentos ultraprocessados, açúcar e gorduras
saturadas. Determine dias especiais e únicos para este tipo
de consumo.
Outras dicas para evitar a obesidade e comorbidades
são: beber muita água e ter contato com a natureza para
aumentar a imunidade, disposição e qualidade de sono.
Além disso, reduza o tempo de telas (computadores,
smartfones e tablets). Crianças devem dormir, no máximo,
antes das 23 horas e por pelo menos 8 horas por noite.
TEXTO: Ana Mota
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Vitória Gomes Nogueira
CRÉDITOS: Unsplash, Tenor