Cansaço, ansiedade e alterações do hábito intestinal são apenas alguns dos sintomas que acometem pessoas com Tireoidite de Hashimoto, também chamada de doença de Hashimoto ou Tireoidite Linfocítica.
MAS, AFINAL, O QUE É A TIREOIDITE DE HASHIMOTO?
A endocrinologista Marcella Maria Soares, especialista em Medicina Funcional da Clínica Dr. José Bento, explica que esta é uma condição na qual o sistema imunológico do corpo ataca a glândula tireoide.
Essa resposta imune resulta em inflamação e pode levar ao hipotireoidismo, que corresponde a aproximadamente 80% dos casos relatados na vida adulta.
A condição, mais comum em mulheres do que em homens, normalmente é diagnosticada entre os 30 e 60 anos de idade. Também tem início devido a uma predisposição genética.
Existem, porém, outros fatores que facilitam seu desenvolvimento, como os que permitem um aumento da permeabilidade da barreira intestinal.
Com isso, o sistema imune começa a cometer 'erros' de produção de anticorpos que, neste caso, agem contra a glândula tireoide.
Ou seja: é gerada uma perda de tolerância do sistema imunológico, que acaba produzindo anticorpos contra a estrutura do próprio corpo, atacando-a como um ‘inimigo’ e ocasionando o início da doença.
SERÁ QUE EU TENHO?
Os sintomas de Hashimoto se assemelham aos do Hipotireoidismo. Devido a inflamação crônica gerada, eles são sistêmicos, ou seja: todos os órgãos e tecidos são acometidos e podem sofrer alterações.
Entre os mais comuns estão: -Fadiga/cansaço físico e mental;-Sintomas de alteração do humor;-Depressão ou ansiedade;
- Alteração de hábito intestinal mais comum a constipação;- Dores musculares e articulares;- Alteração menstrual;- Dificuldade para perder peso;- Infertilidade.
O QUE FAZER?
A doença é diagnosticada por meio de exames de sangue e ultrassom. Quanto ao tratamento, pode ser realizado por toda a vida, sendo multidisciplinar e visando a melhora dos 5 pilares da saúde, que são:
1- Dieta anti-inflamatória;
2- Atividade física regular;
3- Sono adequado e de qualidade;
4- Gerenciamento de estresse;
5- Diminuir exposição de potenciais gatilhos estressores do sistema imune, associado a suplementação individual para as correções metabólicas, inflamatórias e hormonais.
TEXTO: Juliana Ribeiro
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Vinicius Lopes
CRÉDITOS: Unsplash e Tenor