Será que seu ronco

é do tipo perigoso?

Sabia que o seu ronco na hora de dormir pode esconder algumas doenças sérias, além de piorar outros problemas de saúde? Para entender melhor, conversamos com a otorrinolaringologista Maura Neves. 

O QUE CAUSA O RONCO?

A culpa é do estreitamento das vias aéreas superiores durante a passagem do ar. Esse estreitamento causa vibração de estruturas, como o céu da boca, gerando o barulho que identificamos como ronco.  

É NORMAL?

Sim, se surgir em posições específicas, quando se está mais cansado ou após uso de bebidas alcoólicas. Acontece após relaxamento muscular, com a queda da língua para trás e redução da passagem do ar. 


Quando ele acontece todos os dias, em outras posições ou é mais alto, denota obstrução importante da passagem do ar, podendo indicar a síndrome da apneia do sono. 


E A APNEIA DO SONO, O QUE É?


Já avisamos que é um problema maior do que apenas o barulho gerado pelo ronco.


No caso da apneia, esse bloqueio de ar ocorre repetidamente, reduzindo a oxigenação sanguínea e impactando a qualidade do sono. A pessoa deixa de respirar durante por conta da obstrução.


Ou seja, o ronco não é sinal de sono reparador, muito pelo contrário, mostra que há obstrução da passagem de ar e hipóxia. 


Como saber se tenho?


Alguns sintomas sugerem a ocorrência de mais do que apenas roncos. São eles: 


Boca seca ao acordar;
Pausas respiratórias presenciadas durante o sono, com ou sem sons sufocantes  e sensação de sufocamento;
Sonolência diurna ou fadiga;
Sono fragmentado;
Dor de cabeça matinal;


Noctúria (acordar durante a noite para ir ao banheiro urinar);
Dificuldade na concentração e perda de memória;
Irritabilidade.
Dor de cabeça matinal;


Para ter certeza do diagnóstico, é necessário procurar um médico otorrinolaringologista. O profissional vai examinar nariz, boca e garganta em busca de pontos de obstrução da passagem do ar.


Além disso, existe um exame específico do sono chamado de polissonografia. Ele ajuda a confirmar a presença de apneia, guiando o tratamento mais adequado e diferenciando a presença de outras doenças.

TEXTO: Ana Mota
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: João Pedro Romanelli
CRÉDITOS: Unsplash, Pixabay e Tenor