Sinais para diagnosticar
câncer no olho

O apresentador Tiago Leifert e a esposa, a jornalista
Daiana Garbin, revelaram que a filha de ambos, Lua,
tem retinoblastoma, um tipo raro de câncer nos
olhos. 

Muito reservados quanto à vida pessoal, os dois
optaram por falar publicamente sobre o assunto
para alertar outros pais quanto a necessidade de
um diagnóstico precoce.

AnaMaria Digital conversou com a oftalmologista
Ione Alexim, do Instituto de Ciências Neurológicas
(ICNE), atrás de mais informações sobre a doença. 

De acordo com a médica, o retinoblastoma é o tumor
intraocular mais comum da infância, acometendo
um a cada 14 mil nascidos vivos. 

Com isso, espera-se que surjam cerca de 8 mil
novos casos no mundo a cada ano, sendo 400 deles
no Brasil.

A doença apresenta duas formas diferentes:
bilateral e unilateral. A primeira também é
conhecida como multifocal, e responsável por 40%
dos casos, surgindo antes do primeiro ano de vida. 

"O gene da doença é herdado de um dos genitores
biológicos - em 25% dos casos - ou ser resultado de
uma mutação nova - em 75% dos casos", ressalta a
especialista.

"Já a segunda forma, a mais comum do
retinoblastoma, é a unilateral [quando pega apenas
um olhinho, sendo chamada de unifocal] e
responsável por 60% dos casos, ou a maioria",
diz Ione. 

A especialista ressalta que a apresentação clínica é
mais tardia, em torno do 2º ou 3º ano de vida. Vale
destacar que a doença pode afetar ambos os sexos
de maneira semelhante.

NO QUE PRESTAR ATENÇÃO? 

Um dos sinais iniciais mais frequentes, em 70%
dos casos, é a alteração do reflexo vermelho, a
leococoria, geralmente observada quando os pais
tiram fotos da criança. 

Neste caso, o reflexo na pupila fica esbranquiçado
no olho afetado, em vez de ficar vermelho como no
olho sadio. No entanto, há outros sinais, tais como:

Surgimento de estrabismo, ou o popular "olho torto";
Alterações no comportamento visual da criança,
como notar algum movimento diferente de cabeça,
na tentativa de enxergar melhor;

Notar movimento repetitivo dos olhos, de um jeito
que ela não fazia antes;
Aumento do globo ocular. 

"Qualquer alteração no comportamento visual da
criança deve ser valorizada, devendo os
responsáveis procurar um oftalmologista o quanto
antes", ressalta Ione Alexim.

TEXTO: Vivian Ortiz
REVISÃO: Juliana Ribeiro/ Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Caroline Duarte 
Supervisão: Vitor Balciunas
CRÉDITOS: Tenor, Pixabay,Unsplash e 
Instagram/ @arbindaiana