Idade é relativo! O pesadelo da incontinência - Shutterstock

Idade é relativo! O pesadelo da incontinência

Vale ficar atenta para as idas noturnas ao banheiro

Dr. Paulo Camiz Publicado em 03/08/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

"Faço muito xixi. Acho que umas oito vezes por dia. Será que tenho incontinência?”

A.G., por e-mail


A continência é a capacidade de controlar a urina para que a micção ocorra no momento desejado e sem ‘escapes’. Quando se perde urina sem querer, fala-se em incontinência. Com essa explicação, acredito que você já pode chegar sozinha à resposta. Não dá pra dizer que ir oito vezes ao banheiro é mau sinal, pois isso depende do quanto se ingere e do quanto se perde (pela  transpiração) de líquidos no dia. De qualquer forma, vale ficar atenta para as idas noturnas ao banheiro. Se for comum ir mais de uma vez, cabe investigar. Existem muitas causas para o aumento da quantidade de urina: ser portador de diabetes, de doenças cardíacas, e fazer uso de diuréticos para controlar a pressão são algumas delas. Problemas na própria bexiga, como uma infecção, por exemplo, elevam a produção de urina e, consequentemente, podem levar à incontinência urinária. No homem, doenças na próstata podem reduzir a força do jato urinário e agravar o quadro. Existem diversos tratamentos para a incontinência, tudo depende do diagnóstico feito pelo médico. Antes de optar por um deles, procure entender melhor o que está acontecendo com seu corpo. Se está se sentindo insegura, fale com seu médico e, juntos, ajam para evitar qualquer tipo de perda de qualidade de vida.


Para prevenir

Exercícios específicos ajudam a fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. Se a região estiver forte, as chances de incontinência são menores. Um deles: contrair a vagina e o ânus por 10 segundos. Depois, é só relaxar. O movimento deve ser repetido dez vezes, três vezes ao dia. Claro que isso é só um jeito de prevenir. Uma consulta médica é sempre o melhor caminho. 



Os números com relação à incontinência urinária não podem ser desprezados. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10 milhões de brasileiros (5% da população) sofrem desse problema 



Dr. Paulo Camiz é geriatra e professor da Faculdade de Medicina da USP. É também idealizador do projeto Mente Turbinada, que
desenvolve exercícios para o cérebro. Para ler outros artigos escritos por ele, acesse ogeriatra.com.br
Bem-estar e Saúde

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