Entenda como funciona e quando vale a pena fazer a portabilidade de crédito - iStock

Entenda como funciona e quando vale a pena fazer a portabilidade de crédito

A movimentação refere-se só à parte ainda não paga do empréstimo

Marcela Kawauti Publicado em 24/08/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

A portabilidade acontece quando um cliente com uma operação de crédito decide transferir este empréstimo ou financiamento para um outro banco ou financeira. Por exemplo, se fez um empréstimo no banco 1 e percebeu que o banco 2 possui taxas de juros menores, você pode realizar a portabilidade deste empréstimo do banco 1 para o 2. É importante ressaltar: a movimentação refere-se só à parte ainda não paga do empréstimo. Para a portabilidade, procure a instituição financeira na qual tem o empréstimo ou financiamento e obtenha o valor total da dívida. Tenha em mãos o seu contrato original para comparar as condições de crédito, como taxas de juros e valor das parcelas. Em seguida, encontre uma nova instituição financeira que aceite a portabilidade. Caso a mudança seja efetivada, a nova empresa quita a sua dívida com a antiga. Logo, o seu déficit será somente com o novo banco ou financeira. Vale ressaltar: nenhuma instituição é obrigada a aceitar a operação Enfim, a portabilidade pode ser uma boa ideia para economizar no pagamento dos juros de um empréstimo ou financiamento. Mas há alguns cuidados importantes: ao comparar as taxas, fique de olho no Custo Efetivo Total (CET). Essa informação deve ser fornecida tanto pela antiga instituição quanto pela nova. O CET compila não somente as taxas de juros, mas também os demais custos de cada um dos empréstimos. Além disso, fique bastante atenta, pois a nova instituição financeira não pode impor a contratação de quaisquer outros produtos e serviços, assim como a instituição antiga também não pode ameaçá-la com nenhum tipo de penalização por conta da realização da portabilidade.


Mais funções da portabilidade
A portabilidade também abrange salário e previdência privada. Se recebe o seu pagamento por meio de uma instituição financeira, mas prefere uma outra, faça a transferência sem custos. No caso de previdência, você pode migrar para uma instituição com melhores condições. Essas ações estimulam a concorrência entre instituições e quem sai ganhando é o cliente, que tem maior poder de escolha.

E a troca de dívida?
Ela acontece quando um novo empréstimo paga o anterior e pode ser feito na mesma instituição. Só faça isso como último recurso e se o novo empréstimo for mais barato, como pegar um consignado para pagar dívida de cartão de crédito. Evite empréstimos para pessoas que têm o nome sujo. Eles têm taxas de juros altas e podem aumentar a sua dívida.


Marcela Kawauti é formada em economia pela USP e tem mestrado da FGV. Com mais de dez anos de experiência, é economista-chefe do SPC Brasil e colaboradora do portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz.
 
Envie suas perguntas para Marcela Kawauti pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br
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